Jornal do VI Congresso Novas Fronteiras em Cardiologia

Uns dias antes do VI Congresso Novas Fronteiras em Cardiologia, Fausto Pinto, diretor do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), falou com a Just News sobre o passado, o presente e o futuro do Serviço que dirige (que inclui o polo do Hospital Pulido Valente).

O cardiologista, que é presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC) e diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, adianta algumas novidades sobre o Serviço que dirige. Fausto Pinto explica que "a prioridade principal, além de garantir a qualidade do serviço que é prestado, é a expansão do Serviço para podermos acorrer a um maior número de doentes, porque sentimos que temos essa capacidade, para além de nos permitir uma maior capacidade de intervenção e participação no ensino pós-graduado e na investigação clínica".

Considera que "o facto de sermos um hospital terciário universitário, com necessidade de diferenciação, implicaria ter mais espaço para realizar mais atividade nesta área".

Por outro lado, acrescenta, "temos neste momento duas salas de hemodinâmica/intervenção, sendo uma delas duas vezes por semana ocupada pela eletrofisiologia e temos uma sala de pacing que, neste momento, já está desatualizada para poder corresponder à imagem que se pretende de um serviço moderno de acordo com as nossas características de diferenciação".

Considerando que "a Cardiologia é uma área muito tecnológica e que a tecnologia evolui muito rapidamente", Fausto Pinto não tem dúvidas de que "quanto mais diferenciados formos, maior a nossa capacidade de integração em projetos de investigação e desenvolvimento, nomeadamente em parceria com a indústria e com redes internacionais, que permitam uma maior internacionalização do serviço, outro dos meus objetivos estratégicos".



Entre vários outros temas abordados na entrevista, o presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC), cargo que assume há dois anos, afirma que 
“tem sido muito excitante e gratificante trabalhar na maior sociedade mundial a nível cardiovascular”.


Questionado sobre se o Serviço de Cardiologia do CHLN tem beneficiado com o facto de ser presidente da SEC, afirma que, "só o facto de trazer comigo o nome de Portugal, obviamente imediatamente aumenta a visibilidade da instituição e do país nos vários fóruns internacionais e do país onde tenho a oportunidade de participar." Adianta ainda que, "hoje em dia, estamos integrados em várias redes que, não só, mas em parte, deveram-se a essa maior visibilidade internacional que proporcionei ao serviço".




O Congresso Novas Fronteiras em Cardiologia, organizado pelo Serviço de Cardiologia do CHLN e pela Clínica Universitária de Cardiologia da FMUL, pretende,
 "acima de tudo, ser um espaço de convívio do Serviço com outros serviços do país, em que possamos mostrar um pouco do nosso trabalho e, ao mesmo tempo, servir de atualização nalgumas áreas", afirma Fausto Pinto. O Congresso conta, como habitualmente, com "alguns convidados nacionais e estrangeiros que vêm partilhar connosco as suas experiências". 

O programa do primeiro dia é composto pela transmissão de três casos ao vivo e realiza-se na Aula Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa. Fausto Pinto explica que o primeiro "consiste na implantação de um MitraClip, uma terapêutica inovadora no tratamento de doentes com insuficiência mitral significativa. Depois, temos um caso feito pela equipa do Dr. Ângelo Nobre, diretor do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, em colaboração com Wolfgang Hemmer, de Estugarda, sobre cirurgia reparadora da válvula aórtica."



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