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«Inteligência artificial ajuda-nos a predizer o impacto na linguagem após cirurgia em lesões estruturais»

Desenvolver investigação em Neurociências dentro do Grupo Luz Saúde. Este é o objetivo principal do Grupo LION – Luz Innovation On Neurosciences, coordenado pela neurologista Raquel Gil Gouveia e pelo neurorradiologista Pedro Vilela. Nos últimos anos têm sido vários os projetos desenvolvidos.

Algumas dessas investigações completaram já a fase de recolha de dados e "estão a ser apresentados para discussão entre pares, estando a sua publicação em fase de preparação", esclarece Raquel Gil Gouveia, em declarações à Just News.

E acrescenta: "É o caso de um projeto em que foi otimizada uma bateria de avaliação de linguagem por ressonância magnética funcional, utilizando métodos de inteligência artificial para predizer o impacto funcional na linguagem após cirurgia, em casos de lesões estruturais estratégicas."

Segundo Pedro Vilela, este será um dos dois projetos que serão apresentados no 2.º Congresso de Investigação do Hospital da Luz, que se realiza já este mês. O outro projeto, "mais clínico, está ainda em fase de recolha de dados e tem como objetivo caracterizar o impacto cognitivo nas fases iniciais da esclerose múltipla".

Pedro Vilela e Raquel Gil Gouveia

"Neuroimagem funcional e cognição aplicadas a várias patologias"

O Grupo LION, que além de Raquel Gil Gouveia e Pedro Vilela tem ainda como co-investigadores os neurologistas Inês Brás Marques e Martin Lauterbach, tem estado empenhado no desenvolvimento de vários projetos de investigação individuais e de grupo.

Tem um "foco especial" no envelhecimento cerebral e distúrbios neurológicos de grande impacto, como dores de cabeça, demência, enfarte/anomalias cerebrais vasculares/malformações, neuro-inflamação, cognição e psicologia cerebral.

"Dedicamo-nos a várias áreas da Neurociência, sobretudo neuroimagem funcional e cognição aplicadas a várias patologias: cefaleias, doença vascular cerebral e doença inflamatória do sistema nervoso", esclarece Pedro Vilela.

E adianta que um dos projetos de investigação tem como foco "o estudo de uma das áreas principais, que são as cefaleias, em particular a enxaqueca. Nesta área temos um projeto de investigação, com base na neuroimagem funcional, que pretende identificar os marcadores multimodais de funcionamento cerebral durante todo o ciclo da enxaqueca".

Mas não só. "Temos ainda outros projetos, mais clínicos, que contribuem para avaliar o impacto pessoal e económico da enxaqueca, assim como o desenvolvimento de ferramentas para monitorizar o impacto clínico destas patologias", esclarece o neurorradiologista.

Raquel Gil Gouveia sublinha que estes projetos estão a decorrer há alguns anos "e já cumpriram a fase de recolha de dados. Alguns estão em fase de análise de dados e outros - como o desenvolvimento de um instrumento de monitorização clínica da enxaqueca e o estudo do seu impacto funcional e económico - já têm inclusive resultado publicados".




Envelhecimento e doença microvascular cerebral

Outro projeto que merece igual destaque, e que já está a ser apresentado para discussão entre pares, "tem como base a utilização de técnicas de imagiologia funcional".

Segundo Raquel Gil Gouveia, nessa investigação a equipa está dedicada ao "estudo das alterações vasculares cerebrais relacionadas com o exercício físico e a fadiga e das alterações da perfusão cerebral no envelhecimento e doença microvascular cerebral".


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