Medicina Intensiva da ULS de Braga celebra 30 anos de crescimento, «a cuidar intensivamente»
"Atualmente, somos um hospital de referência na região do Minho para receber pessoas dos distritos de Braga e de Viana do Castelo que necessitem de cuidados intensivos", afirma Pedro Silveira, diretor do Serviço de Medicina Intensiva da ULS de Braga.
De acordo com o responsável, a Medicina Intensiva tem registado um crescimento notório em Braga e salienta que, “nas últimas três décadas, crescemos de três para vinte médicos e de cinco para trinta e duas camas”.
Esta quarta-feira, dia em que o Serviço de Medicina Intensiva celebrou 30 anos de existência, sob o lema "30 anos a cuidar intensivamente", foi também inaugurada uma exposição de fotografias dos seus profissionais, que retratam "a cumplicidade, a dedicação e a união impressos nas equipas".
O momento simbólico, que contou com a presença do Conselho de Administração, foi seguido de testemunhos de utentes e familiares que passaram pelo Serviço, nos últimos anos.
Em 2024 foram já atendidos 238 doentes neurocríticos e 193 vítimas de trauma
Relativamente à atividade do Serviço de Medicina Intensiva da Unidade Local de Saúde de Braga (ULS Braga) nos primeiros dez meses de 2024, "mais de 1370 utentes receberam cuidados, dos quais 238 neurocríticos e 193 vítimas de trauma".
Este ano regista um aumento do número de dadores de órgãos no Hospital de Braga, que se justificará pelo "crescente índice de episódios de acidentes na região do Minho e Norte". Segundo Pedro Silveira, “nos primeiros dez meses de 2024, tivemos 18 utentes dadores, que resultou na recolha de 62 órgãos, mais 20 do que no ano anterior”.
Consulta Follow-Up
O médico esclarece ainda que a atividade da Medicina Intensiva estende-se além das unidades de internamento, "de forma a garantir a continuidade da resposta, por meio da realização de consultas de seguimento pós-internamento (follow-up)" e adianta alguns números:
“Entre outubro de 2023 e outubro de 2024, foram acompanhados 370 utentes em regime de consulta. Realizamos 799 consultas, das quais 194 foram primeiras consultas."
Pedro Silveira aproveita para lembrar que o Serviço de Medicina Intensiva tem em vigor "uma prática de proximidade dos cuidados prestados aos seus utentes, através da realização de uma consulta de follow-up não presencial" e adianta que, precisamente a partir desta quinta-feira, "daremos início à consulta presencial, com um médico e um enfermeiro, para garantirmos um acompanhamento personalizado, próximo e potenciar o grau da avaliação clínica”.
Pedro Silveira
Os primeiros passos do Serviço, em 1994, foram dados com apenas três médicos e cinco camas, ainda no Hospital de São Marcos, em Braga. Hoje, trinta anos depois, o Serviço funciona com um total de 32 camas, divididas em duas unidades, cuja taxa de ocupação tem rondado os 83% em 2024. O Serviço dispõe, atualmente, de 18 camas de nível II e 14 camas de nível III.