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Reabilitação cardiovascular: mestrado inovador da FMUL reúne «vários grupos profissionais»

“A reabilitação cardiovascular centra em volta do doente uma equipa multidisciplinar, multifacetada, que consegue, de forma estruturada, dentro de cada área, identificar problemas e intervir, seguindo um programa que inclui exercício”, sublinha a cardiologista Ana Abreu.

As declarações surgem em vésperas do início do Mestrado de Reabilitação Cardiovascular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) - 2019/2020, coordenado pela própria, que arranca em outubro de 2019.

Em declarações à Just News, a professora de Cardiologia da FMUL sublinha que, “além dos médicos, há cada vez mais profissionais de saúde interessados na reabilitação cardiovascular”. E lembra que "as equipas multidisciplinares devem, idealmente, ser compostas por cardiologista, fisiatra, fisiologista de exercício, fisioterapeuta, técnico de Cardiopneumologia, enfermeiro, psicólogo, nutricionista e assistente social".


Ana Abreu com Fausto Pinto, diretor da FMUL, que integra igualmente a Comissão Científica do Mestrado em Reabilitação Cardiovascular

O Mestrado de Reabilitação Cardiovascular da FMUL, "direcionado para a prevenção cardiovascular que engloba a reabilitação, é o primeiro do género em Portugal e realiza-se pelo segundo ano consecutivo". Neste momento, estão abertas as inscrições para aqueles que o queiram frequentar.

O balanço do primeiro ano é positivo: “Temos alunos de vários grupos profissionais e todos eles se mostraram muito satisfeitos.”

Para a médica, “a educação e formação específica de diferentes profissionais na área da reabilitação cardíaca pode garantir, na prática clínica, a qualidade das equipas multidisciplinares em programas de reabilitação cardiovascular”.

A grande novidade do mestrado este ano diz respeito aos seminários, que anteriormente eram distribuídos ao longo da semana e que "agora passam a concentrar-se ao sábado, facilitando a vida profissional".

A primeira turma do mestrado incluiu médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de Cardiopneumologia. Além desta diversidade, não só pessoas de nacionalidade portuguesa frequentam o mestrado, incluindo candidatos do Brasil e da India.
                                                                                           

Formar equipas que possam trabalhar "em colaboração e em rede"

Ana Abreu, que coordena o Programa de Reabilitação Cardiovascular do CHULN, lembra que o último inquérito sobre reabilitação cardiovascular, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, demonstrou que apenas 8% de doentes com enfarte integram estes programas. No entanto, os números têm vindo a crescer e a expectativa é que se possa, em breve, atingir os 20%.

“No CHULN estamos a tentar que todos os doentes com indicação para reabilitação, residentes na área da Grande Lisboa ou localidades próximas, sejam enviados à consulta de avaliação pré-reabilitação. Desses, conseguimos que a maioria adira ao Programa de Reabilitação Cardiovascular. Os poucos que não aderem é, sobretudo, porque vivem mais longe”, diz.



Quanto às próximas medidas que seriam importantes de implementar, a médica não tem qualquer dúvida:

"O ideal seria conseguir formar equipas noutros hospitais e em unidades de cuidados de saúde primários que pudessem, em colaboração e em rede, abranger áreas de população em que o doente, mesmo que fosse tratado no CHULN e noutros hospitais, pudesse integrar e/ou dar continuidade ao programa na sua área de residência."


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