Doenças alérgicas: referenciação dos médicos de família «tem mais qualidade»
As doenças alérgicas estão em crescendo e ocupam, "cada vez mais, o tempo de consulta dos especialistas em Medicina Geral e Familiar", afirma Rui Costa.
Em declarações à Just News, o médico de família sublinha a necessidade dos profissionais dos cuidados primários “estarem informados, capacitados e atualizados para fazer o diagnóstico, tratamento e seguimento destes doentes, da forma mais correta”.
O tema foi desenvolvido este fim-de-semana, na Ericeira, durante as 7.as Jornadas de Alergologia Prática. “Problemas com soluções em patologia alérgica e respiratória” foi o tema do evento, de que Rui Costa foi vice-presidente.
Ir ao encontro das "reais necessidades" da MGF
“A importância da formação na área da Alergologia para MGF é grande, uma vez que os médicos de família devem ter a capacidade de servir a população que está a seu cargo e satisfazer as suas necessidades, de acordo com as boas práticas e o estado da arte”, afirma o médico, que coordena o Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.
Estas Jornadas, "que habitualmente suscitam grande interesse", foram desenhadas de forma a serem práticas e vocacionadas para "as reais necessidades dos especialistas em MGF, indo ao encontro das soluções de que precisam diariamente, quando estão no exercício da sua função, de forma a dar resposta às várias solicitações das múltiplas patologias que veem".
Rui Costa e Mário Morais de Almeida
Mário Morais de Almeida, presidente das jornadas e coordenador do Centro de Imunoalergologia do Hospital CUF Descobertas, em Lisboa, sublinha que, "tal como o nome indica, estas são sempre muito práticas e têm uma participação bastante significativa, contribuindo para a formação contínua dos especialistas em MGF". A edição deste ano contou com cerca de 160 inscrições.
“Queremos que os médicos de família levem as recomendações que podem colocar em exercício profissional, de forma a conseguirem resolver os desafios que se lhe colocam diariamente, fazer uma referenciação correta e depois fazer parte da equipa que acompanhar o caso”, indica.
O imunoalergologista faz ainda questão de referir que "a referenciação feita pelos médicos de família tem cada vez mais qualidade" e que "os serviços de Alergologia são cada vez mais competentes e estão mais aptos a dar resposta as solicitações".