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Diagnóstico Pré-Natal: Miguel Branco é o novo presidente da APDPN

Miguel Branco é o novo presidente da Associação Portuguesa de Diagnóstico Pré-Natal (APDPN) desde a última Reunião da APDN, que teve lugar nos dias 1 e 2 de outubro, em Aveiro. “Um dos nossos grandes objetivos é continuar a promover o Diagnóstico Pré-Natal (DPN) em Portugal, quer na sua vertente mais técnica como na de comunicação”, afirma à Just News.

"Informação livre de jargões médicos"

O novo presidente da APDN, que foi eleito na assembleia geral da Reunião Anual, por 3 anos, quer promover o estudo, assim como a divulgação e comunicação de técnicas de DPN. Para o efeito, não se pretende cingir apenas a iniciativas para os especialistas médicos, mas também chegar junto da população, conforme explica:

“Ainda persistem dúvidas sobre o que é o DPN e os quadros clínicos encontrados. Vamos assim elaborar informação acessível e livre de jargões médicos para que os casais possam ter uma resposta fidedigna às suas dúvidas”

Miguel Branco, que é ginecologista e obstetra na Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra, relembra que "os casos de patologia fetal são sempre situações delicadas em que há uma rotura com a expectativa criada de uma gravidez perfeita". Desta forma, a informação e o esclarecimento são fundamentais.

Na sua opinião, “há livre acesso a informação que nem sempre é credível, ou é credível e está descontextualizada, o que pode gerar maior angústia ou criar, até, falsas expectativas.”


Miguel Branco

IMG: "é preciso mudar a lei"

A pensar mais nos médicos que se dedicam a DPN, a nova Direção vai também investir na criação de protocolos orientadores, que permitem “uma maior homogeneização da informação transmitida”. Acrescenta ainda a necessidade de, junto das entidades competentes, alertar para "fazer ajustes na legislação da interrupção médica da gravidez (IMG), alargando o prazo de intervenção".

“Como ficou patente na Reunião, todos foram unânimes de que é preciso mudar a lei, adequando mais à realidade, porque a patologia fetal grave pode-se manifestar apenas após as 24 semanas de gestação, como nos casos de patologia do sistema nervoso central ou infeciosa.”

Miguel Branco anuncia que irá também focar-se na mensagem de que é essencial fazerem-se os registos de diagnósticos nas plataformas existentes. “Apenas com dados reais e completos, podemos avaliar e valorizar o trabalho em DPN a nível nacional (Registo Nacional de Anomalias Congénitas) e europeu (EUROCAT).”

Além destes objetivos, o novo presidente deixou ainda um convite a todos os que estão ligados ao DPN, para participarem nos vários cursos que irão decorrer (como, avaliação cardíaca fetal, neurosonografia e Genética) e na próxima Reunião Anual, que vai realizar-se nos dias 21 e 22 de outubro de 2022.

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