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Diabetes: «No HBA acredita-se na educação terapêutica, esta é a base de tudo»

“Não basta ser o profissional de saúde a dizer o que faz mal, estes cartazes permitem à pessoa com diabetes pensar no que come no dia-a-dia e o impacto que isso pode ter nos níveis de glicemia e na sua saúde em geral”, explica Sandrina Fadista. A enfermeira que integra a Unidade Integrada de Diabetes (UID) do Hospital Beatriz Ângelo refere-se aos cartazes sobre as refeições, expostos na sala da Consulta de Enfermagem.


Sandrina Fadista e Sílvia Guerra

As informações disponibilizadas sobre calorias, gordura e açúcar foram pesquisadas com a ajuda, sobretudo, dos mais novos. “São trabalhos que fazemos com os jovens com diabetes tipo 1, mas que têm impacto junto de outras pessoas”, diz.

De acordo com a enfermeira, que integra também a equipa hospitalar da Unidade Coordenadora Funcional da Diabetes (UCFD), até os pais dessas crianças e jovens ficam a conhecer melhor o mundo da alimentação: “Já tivemos atividades em que enchíamos sacos com açúcar para exemplificar os gramas que existem em cada alimento e todos ficaram estupefactos com os resultados."

Sandrina Fadista faz questão de deixar bem clara a ideia de que “no HBA acredita-se na educação terapêutica, esta é a base de tudo”. E continua: “É preciso dar ferramentas para que se consiga gerir a doença em casa, para isso fazemos consultas individuais, mas também temos consultas de grupo.”

Um dos últimos desafios propostos pela equipa da UID foi a colocação de um placard com famosos que têm diabetes. “Desta forma, conseguimos mostrar aos utentes, mas também aos pais das crianças e jovens, que a doença não os impede de ter uma vida normal e com sucesso, inclusive, na área do desporto”, observa.

O próximo passo consiste em motivar os doentes a escreverem a sua própria história. Para já, está disponível o testemunho de um ciclista e de uma cavaleira campeã de dressage.

“Esperamos a entrega de outros testemunhos, pois, os exemplos também são um grande apoio para os pais, que receiam bastante o futuro dos filhos, aquando do diagnóstico inicial”, relata.




Protocolos e integração de cuidados

Mas o papel da Enfermagem não se cinge à educação terapêutica. Foram também criados elos de ligação nas diferentes especialidades. “É uma forma de a pessoa com diabetes ter um acompanhamento otimizado. Todas as equipas do hospital sabem que podem pedir a nossa ajuda”, indica Sandrina Fadista.

Os enfermeiros estão também responsáveis pelo ensino da insulinoterapia nos internamentos, sempre que haja um caso diagnosticado.

“A pessoa aprende logo a administrar a terapêutica, porque quanto mais cedo a iniciar mais facilmente vai controlar a doença. Além disso, marcamos logo consulta de Enfermagem para o ambulatório, mesmo que ainda não tenha a do médico agendada”, afirma.

Todo o trabalho é feito em articulação com os restantes elementos da UID. Sílvia Guerra é a médica que integra a equipa da UCFD e que é responsável, juntamente com Sandrina Fadista, por algumas formações.

“É uma das nossas grandes apostas, porque é preciso formar os profissionais – do hospital e também dos cuidados de saúde primários --, para que todos falem a mesma linguagem”, explica.


Alguns dos elementos do Serviço de Endocrinologia do HBA mais envolvidos em ações no âmbito da diabetes

Integração de cuidados

Artur Vaz, administrador executivo do HBA, destaca a forte aposta da unidade, "desde o início, na integração de cuidados, procurando estabelecer com os centros de saúde da nossa área de referência uma colaboração intensa e orientada para as necessidades dos doentes, em cada nível de cuidados”.


Artur Vaz

Exemplo disso é o facto de a primeira UCFD a ser nomeada pela Direção-Geral da Saúde e a começar a funcionar, em todo o país, foi a de Loures Odivelas. “Para isso, foi essencial a experiência e o empenho da diretora do Serviço de Endocrinologia do HBA e de toda a sua equipa médica e de enfermagem”, observa.

No total, e desde a abertura do hospital, foram realizadas mais de 14 mil consultas dedicadas a esta patologia, entre primeiras e subsequentes de Endocrinologia e Medicina Interna. “Temos ainda uma equipa multidisciplinar especialmente dedicada ao pé diabético, que, entre 2012 e 2107, efetuou mais de mil consultas específicas para esta complicação da diabetes”, acrescenta Artur Vaz.

Para os próximos tempos, a promessa é de que se vai prosseguir o caminho que tem vindo a ser percorrido. “Porque é o caminho certo, que conta com alguns dos melhores profissionais do país nesta área, cuja dedicação e empenho só temos a agradecer”, conclui.




A reportagem completa pode ser lida no Hospital Público.

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