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Cuidados de saúde primários na região de Lisboa já têm 35 Áreas Dedicadas à Covid-19

A Just News acompanhou, na véspera da abertura, a visita a uma das 35 Áreas Dedicadas à COVID-19 (ADC) que já estão em funcionamento, desde esta quinta-feira, na região de Lisboa e Vale do Tejo.

À semelhança das restantes quatro administrações regionais de saúde (ARS) do país, a ARS de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), presidida por Luís Pisco, criou ADC para dar resposta a utentes com suspeitas de infeção por COVID-19, como prevê a Norma 004/2020 – COVID-19 – Fase de Mitigação, emitida pela Direção-Geral da Saúde (DGS).  



Uma das ADC situa-se no espaço da Unidade de Saúde Familiar (USF) de S. João Evangelista de Loios, em Chelas, sendo a única do ACES Lisboa Central.  

“Esta unidade vai dedicar-se apenas aos doentes COVID-19, tendo a equipa da USF transitado para as instalações dos Serviços Sociais do Areeiro, cedidas pela Câmara Municipal de Lisboa”, disse Luís Pisco.

Na véspera da abertura, o responsável verificou a nova ADC, juntamente com Guilherme Frazão, diretor executivo do ACES Lisboa Central, Tiago Lopes, presidente do Conselho Clínico do ACES Lisboa Central, e Hernâni Casaca Sousa, médico de família da USF S. João Evangelista de Loios.


Tiago Lopes, Guilherme Frazão e Luís Pisco

Dando a conhecer o percurso, Hernâni Casaca Sousa faz questão de frisar que desde a entrada até à saída existe um único percurso para se evitar o contágio, inclusive dos profissionais de saúde:

“O doente entra logo para o local de triagem e, se cumprir os critérios da DGS, será então feita a inscrição – sem contacto direto com o secretário clínico -, estando sempre isolado. Os gabinetes são minimalistas, tendo disponíveis apenas os equipamentos estritamente necessários para a consulta.”


Hernâni Casaca Sousa

Numa primeira fase estarão ao serviço quatro médicos, dois enfermeiros e dois secretários clínicos das 17 unidades funcionais do ACES Lisboa Central. Se se justificar, podem ser mais. “Estaremos atentos à possibilidade de aumentar os números de elementos da equipa ou até a abertura de outra ADC no ACES Lisboa Central”, acrescentou Guilherme Frazão.



Afinal, em causa está o ACES com maior índice de envelhecimento da região LVT e um dos maiores a nível nacional. “São os que apresentam maior risco, por isso estaremos atentos”, garantiu.

E frisou: “O primeiro contacto é sempre a Linha Saúde 24, encaminhando os casos ligeiros, que necessitam de observação, para os ADC. Posteriormente, em casa, e após a confirmação por teste, será feito contacto por telefone para fazer uma monitorização da evolução da doença.”

Para isso esperam também contar com o apoio da plataforma “Trace-COVID”, lançada, hoje, a nível nacional. “Trata-se de uma ferramenta de suporte nacional que permite o seguimento clínico dos doentes em autocuidados e ambulatório”, esclareceu Tiago.



“Faz todo o sentido a criação destas ADC”

Mas se em Loios foi possível ter um único espaço adstrito a suspeitos de infeção por COVID-19, o mesmo não acontece noutras unidades. “Nessas situações são criados dois circuitos, para que não haja quaisquer riscos de contágio”, garantiu Luís Pisco.

A escolha dos 35 ADC na região LVT baseou-se, segundo o entrevistado, “em princípios de equidade, qualidade e proximidade dos cuidados de saúde, daí que, onde existe maior dispersão geográfica haja mais do que um a funcionar”.



E reforçou: “São áreas isoladas, que só atendem doentes com queixas respiratórias ou que tenham sintomas sugestivos de COVID-19 e que contactaram, primeiramente, a Linha Saúde 24.”

Para Luís Pisco, “os CSP têm um papel muito relevante e determinante na fase de mitigação da pandemia COVID-19”. Como referiu: “Tendo em conta a expansão da pandemia e o facto de 80% dos casos serem ligeiros e poderem ser tratados em casa, faz todo o sentido a criação destas ADC.”

Recorde-se que também foram criadas, nas cinco ARS, centros de rastreio, onde, por indicação médica, se pode fazer o teste fora dos hospitais.  



A lista das ADC na região de Lisboa, com a respetiva morada e contacto telefónico, pode ser consultada aqui.
 

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