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Congresso Europeu de Hipertensão teve, pela primeira vez, uma sessão em português

Falou-se português no último congresso da Sociedade Europeia de Hipertensão (SEH), que teve lugar de 10 a 16 de junho, em Paris. Pela primeira vez, o programa científico da "mais importante reunião anual na área da hipertensão arterial (HTA) e risco cardiovascular (RCV) no mundo ocidental" contemplou uma sessão falada em português.

Segundo Fernando Pinto, presidente cessante da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), que organizou e presidiu a esta sessão, “de alguma forma, este acontecimento dá continuidade e uma expressão alargada aos projetos iniciados há alguns anos pela SPH de intercâmbio científico com os países lusófonos”. Por outro lado, “consubstancia o reconhecimento pela SEH da qualidade e excelência científica, bem como da capacidade organizativa da SPH”.



De acordo com o cardiologista do Hospital de Santa Maria da Feira (Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga), foram estes os argumentos que a Comissão Organizadora e a Direção da SEH invocaram quando lhe dirigiram o “honroso” convite para organizar e presidir a esta sessão, tendo destacado a excelência da organização do Summer School da SEH em 2013 pela SPH no Porto/Espinho e das sessões conjuntas com as sociedades científicas com os países de língua portuguesa nos congressos da SPH.



A sessão foi moderada pelos presidentes da SPH e do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DHA-SBC) e, conforme relata o presidente cessante da SPH, teve apresentações de “destacados” membros destas duas sociedades científicas, bem como do presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), de Angola e de Moçambique.

Fernando Pinto sublinha que a 26.ª edição do Congresso da SEH contou com um programa científico “amplo e abrangente”, tendo abordado desde a investigação básica à investigação clínica, da genética à epidemiologia, da farmacologia às terapêuticas invasivas, das novidades tecnológicas para diagnóstico e/ou avaliação de lesões de órgãos alvo ao rever dos pontos-chave e das metodologias apropriadas para a avaliação clínica, bem como ao “estado da arte” nas múltiplas facetas desta importante patologia, com realce particular para as opções e alvos terapêuticos face aos resultados dos mais recentes estudos clínicos publicados.



A presença lusa nesta 26.ª edição do Congresso da SEH foi muito significativa, sendo que, do total dos 3000 inscritos no Congresso, 108 eram portugueses. De sublinhar que os portugueses tiveram a seu cargo a moderação de 11 sessões, cinco apresentações e 35 comunicações livres (24 cartazes e 11 comunicações orais de um total de, respetivamente, 1085 e 316), tendo um dos cartazes (de Jorge Polónia et al) sido distinguido com um dos prémios para os melhores cartazes.





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