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Cerca de 30 por cento das pessoas com diabetes sofrem de doença hepática

Cerca de 30 por cento das pessoas com diabetes sofrem também de doença hepática. O alerta é da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e surge a propósito da primeira reunião nacional sobre "Diabetes e Fígado", organizada pelo Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM). O evento decorrerá no Auditório do Hospital de S. Pedro do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), em Vila Real, dia 4 de julho.

De acordo com a SPMI, "a combinação destas patologias representa maiores riscos para o doente e desafios adicionais no tratamento, implicando uma maior interação entre Diabetologia e Hepatologia". 

Em comunicado, a SPMI salienta que "o fígado gordo não alcoólico é já a principal causa de cirrose nos países desenvolvidos, sendo esta última responsável por 12 por cento das mortes em pessoas com diabetes". Tendo em conta que a combinação da diabetes com doença hepática resulta em mortes precoces, "é essencial criar abordagens terapêuticas adequadas a estes doentes, uma vez que a presença de ambas as patologias representa uma maior limitação dos fármacos disponíveis e interações medicamentosas mais complexas".

Considerada pouco explorada do ponto de vista da investigação, a relação entre diabetes e doença hepática – em que a presença de uma das patologias pressupõe o aparecimento da outra em 30 por cento dos casos – "exige uma maior partilha de conhecimento", refere a SPMI.

Para Paulo Subtil, coordenador da Unidade Integrada de Diabetes do CHTMAD, “é importante que os vários especialistas reconheçam esta relação bidirecional entre as duas patologias, compreendendo que este é um grupo específico de doentes, em que o habitual esquema de referenciação por especialidade pode não ser suficiente. Apesar de tipicamente a pessoa com diabetes ser encaminhada ao diabetologista e o doente hepático ao hepatologista, na presença de ambas, é essencial uma integração de conhecimentos para prover a melhor solução possível”.

Na opinião do responsável, “os médicos internistas têm aqui um papel fundamental pela sua visão holística do doente, que permite abordar estes casos como um todo, sendo o elo entre as diferentes especialidades”.

O programa pode ser consultado aqui.

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