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Formação presencial em seis cidades: «Vamos ao encontro dos médicos de família»

O evento, que reuniu 220 médicos internos e especialistas de MGF realizou-se sob a orientação do médico de família Nelson Rodrigues, também responsável pelo Programa a nível nacional. Esta sessão em Lisboa encerrou um ciclo de reuniões que foram decorrendo, desde junho, nas cidades do Porto, Viseu, Braga, Évora e Coimbra, em que foram abordados os mesmos temas científicos.



A reunião em Lisboa, que juntou 220 médicos internos e especialistas de MGF, realizou-se sob a orientação do médico de família Nelson Rodrigues, também responsável pelo Programa a nível nacional. Esta sessão em Lisboa encerrou um ciclo de reuniões que foram decorrendo, desde junho, nas cidades do Porto, Viseu, Braga, Évora e Coimbra, em que foram abordados os mesmos temas científicos.

E qual é o motivo que torna este projeto tão diferenciador? “Desde logo, essa preocupação em irmos ao encontro dos médicos. Por esse motivo, organizamos sessões em várias cidades ao longo do país”, refere Nelson Rodrigues.


Manuel García Abad, presidente da Fundación Iberian LIVE-MED Institute, entidade que assegura o nível de qualidade académica das atividades da LIVE-MED IBERIA, fez questão de marcar presença no encerramento do Programa de Atualização em Medicina Geral e Familiar. Em declarações à Just News, começa precisamente por referir a importância da proximidade do projeto:

“O nosso modelo de formação baseia-se em acompanhar o médico com as formações na sua cidade, de modo a que não tenha necessidade de se deslocar. Esta estrutura organizativa é bastante mais desafiante, mas sabemos que é significativamente mais cómoda para os participantes.”

E refere o exemplo dos congressos, que, “habitualmente, decorrem ao longo de dois ou três dias. Acontece que, hoje em dia, com a percentagem elevadíssima de mulheres médicas, tal pode representar um obstáculo no acesso à sua formação, pois, muitas profissionais têm filhos. Principalmente quando são recém-nascidos, acaba por dificultar o acesso a esses eventos”.

Desta forma, “fazer a formação no seu local de residência e rever as patologias num só dia é um modelo que demonstrou ser muito eficaz”.


Vitor Plaza, Nelson Rodrigues e Manuel Garcia Abad

Para Manuel García Abad, não há qualquer dúvida de que o facto do modelo formativo deste projeto ser presencial “acrescenta mais valor”, até porque “os médicos querem encontrar-se e aproveitar estes eventos para partilhar experiências do seu do dia-a-dia”.

Nelson Rodrigues partilha da mesma ideia. Reconhece que “o modelo de videoconferência tem a sua utilidade e há alturas em que é muito útil mas, quando possível, o contacto presencial permite-nos falar uns com os outros sobre aspetos práticos da nossa atividade ou até de outras coisas”.

Vertente prática e interatividade

Outro aspeto deste projeto formativo que Nelson Rodrigues considera “muito interessante” diz respeito à sua interatividade:

“Os colegas que fazem as apresentações procuram ir ao encontro das necessidades práticas do médico de família, o que precisa de saber e de saber fazer. Ou seja, a ideia é que os participantes possam aplicar no dia seguinte aquilo que aprenderam na sessão em que estiveram.”

Mas não é esse o objetivo de todas as apresentações? “Não. Frequentemente, há apresentações muito teóricas em eventos, que tornam muito difícil a transposição da teoria para a prática”, refere o médico.



A interatividade é também promovida de uma forma que não será a mais habitual. Apesar de, por vezes, as perguntas serem abertas à assistência, o normal é os participantes serem convidados, ao longo das sessões, a colocar questões através de uma aplicação, que são depois colocadas aos palestrantes pelo próprio Nelson Rodrigues.

E qual é a vantagem deste processo? “Muitas vezes, quando estamos num auditório, quem coloca a questão quer também contextualizar, acrescenta mais qualquer coisa e acaba por demorar mais tempo. Desta forma, a questão é apresentada de uma forma mais objetiva.”

Mas há ainda outro aspeto considerado “talvez até mais relevante”. Desta forma, “as pessoas estão livres para colocar a dúvida que às vezes interpretam como sendo estúpida ou não fazendo sentido e têm reserva em revelar. Ultrapassa-se, assim, essa barreira.”

Nelson Rodrigues sabe bem do que fala, uma vez que tem dedicado grande parte da sua carreira profissional ao acompanhamento e formação de jovens médicos, sendo, aliás, o diretor do Internato de MGF na ULS do Alto Minho desde 2001.

Para Vítor Plaza, diretor comercial da LIVE-MED IBERIA, que esteve igualmente em Lisboa nesta última sessão do Programa de Atualização em MGF, há ainda “um outro aspeto muito importante, que se prende com a perspetiva de proporcionarmos uma melhoria contínua na formação que oferecemos”.

Referindo-se ao facto de ser levada “muito a sério a avaliação e opinião dos  participantes”, salienta que “todos são convidados a preencher um questionário, onde avaliam a qualidade do palestrante, o interesse da apresentação, a sua independência e o próprio local onde ocorre o evento”.

Ou seja, a avaliação de vários parâmetros “permite-nos fazer uma análise com todo o cuidado, com o objetivo de melhorar a cada ano.” A gratuitidade dos cursos é outro dos elementos que distingue este Programa. Mas, para Manuel García Abad, “há um aspeto muito importante” que faz questão de esclarecer: “Nós contamos com a colaboração da indústria farmacêutica mais inovadora, que está a investigar produtos que alteram a terapia de patologias e é com esse apoio que podemos organizar este projeto de forma gratuita para todos os participantes.”


E acrescenta que os temas são abordados “sempre de acordo com a mais recente evidência científica”. Para 2023, a convição é que o projeto formativo irá beneficiar mais de 1500 médicos internos e especialistas de MGF de todo o país.




O rosto nacional do projeto

Nelson Rodrigues tem sido o rosto nacional deste projeto desde o seu início. O médico de família reconhece que, nessa altura, há 7 anos, teve algumas hesitações: “Tinha as minhas dúvidas, pois, quando algo está a começar do zero, temos sempre dúvidas sobre como vai ser. Mas achei que se devia avançar e ainda bem, o resultado está à vista.”

 
A sua ligação ao projeto ibérico surgiu no âmbito de uma parceira desenvolvida então entre a LIVE-MED IBERIA e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), a que decidiu dar pessoalmente continuidade desde 2021, precisamente por lhe reconhecer mérito formativo.

Recorda que o Programa de Atualização em MGF conta com o patrocínio científico da APMGF, da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e da Ordem dos Médicos, “o que evidencia
a sua relevância”. Quanto ao futuro, considera que este projeto “ainda tem potencial para crescer”, acreditando que “o número de participantes vai continuar a aumentar”.

Programa regressa em 2023

O presidente da Fundación Iberian LIVE-MED Institute esclarece que, em 2023, o Programa de Atualização em MGF vai voltar a realizar-se em seis cidades portuguesas e, “naturalmente, em formato presencial e gratuito, ou não fosse essa uma imagem de marca deste projeto”. A primeira sessão deverá ocorrer em Viseu, no mês de abril.

Manuel García Abad recorda ainda uma outra valência disponibilizada pela LIVE-MED IBERIA: “Incorporámos também no Programa, há 3 anos, as competências clínicas de medicina familiar. Está disponível online, por enquanto, apenas em castelhano.”


ATUALIZAÇÃO EM MGF 2023
Calendário previsto das sessões:

17 abril - VISEU (Montebelo Príncipe Perfeito Viseu Garden Hotel)
30 maio - PORTO (Fundação Dr. António Cupertino de Miranda)
26 setembro - ÉVORA (Hotel Vila Galé Évora)
11 outubro - LISBOA (Centro de Congressos de Lisboa)
24 outubro - BRAGA (Hotel Meliá Braga)
09 novembro - COIMBRA (Hotel Vila Galé Coimbra)

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