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1.ª edição do Mestrado em Investigação Clínica da FMUL é concluída com sensação de dever cumprido

Foi concluída com sucesso a 1.ª edição do Mestrado em Investigação Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), que contou com 17 inscritos formados em Medicina ou outras áreas das ciências da saúde ou afins. Este curso, que vai para a sua 2.ª edição, pretende “formar equipas de investigação com profissionais multidisciplinares e altamente especializados na gestão de investigação clínica”.

Um dos seus principais objetivos consiste na “criação de competências para planear, implementar, conduzir e gerir estudos clínicos, bem como promover a divulgação científica de resultados”.

Através dos conceitos teóricos, com a sua aplicação em contexto de trabalho, é garantida uma sólida formação de futuros profissionais, como investigadores, coordenadores de estudo, monitores de ensaios clínicos, especialistas em assuntos regulamentares e gestores de projeto.

Para Inês Zimbarra Cabrita, professora auxiliar da FMUL e membro da comissão científica do mestrado, “o objetivo é abarcar o todo da Investigação Clínica, desde a conceção e escrita do protocolo até à análise e interpretação dos resultados, não esquecendo toda a componente operacional de gestão, regulamentação e qualidade”.


Inês Zimbarra Cabrita e Francisca Patuleia Figueiras

A responsável é também a diretora geral e co-fundadora da CETERA - uma Consulting Research Organization (CRO) académica portuguesa e um departamento autónomo da Associação para Investigação e Desenvolvimento da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (AIDFM). Esta é a entidade responsável pelos módulos de coordenação e monitorização, “onde tentamos, através de uma forte componente prática, partilhar a nossa experiência e o conhecimento adquirido nos últimos 10 anos”.


Francisca Patuleia Figueiras, diretora de operações, co-fundadora da CETERA e membro da comissão de coordenação do mestrado, destaca a "heterogeneidade da turma da primeira edição do mestrado", ao abarcar alguns alunos já a trabalhar na área da Investigação Clínica e outros sem qualquer experiência.

Por esse mesmo motivo, “os primeiros meses foram exigentes, mas o trabalho desenvolvido garantiu que a turma ficasse muito equilibrada em poucos meses, de tal forma que a sensação é de dever cumprido, pois os alunos demonstraram uma excelente interiorização da terminologia em Investigação Clínica e consolidação dos conhecimentos lecionados”. Nesta lógica, “acreditamos que, futuramente, todos farão um excelente percurso na área da Investigação Clínica!”

Testemunhos dos alunos no decorrer do Mestrado:

A ligação à CETERA e ao GAIC

Licenciada em Bioquímica pela NOVA School of Science and Technology e, atualmente, a frequentar o MIC, Beatriz Ricardo terá a oportunidade de fazer um estágio trimestral na CETERA. “A Prof.ª Francisca Patuleia Figueiras manifestou, desde início, disponibilidade para nos ajudar a participar em alguns projetos, e, dado o meu interesse pela componente da monitorização de estudos clínicos, transmiti-lhe o meu desejo de trabalhar na CETERA”, refere.

Beatriz Ricardo acredita que essa experiência lhe permitirá ter contacto com uma parte mais prática, que englobe vários tipos de tarefas, desde o set-up, até à realização de visitas. “Sendo a minha formação de base no âmbito da pré-clínica, é importante para mim passar à vertente da execução”.


Beatriz Ricardo, Ana Carolina Rodrigues e Inês Amaral

Já Ana Carolina Rodrigues e Inês Amaral, licenciadas em Ciências Biomédicas, avançarão para um estágio no GAIC, também de três meses. Tal como Beatriz Ricardo, foi a necessidade de experiência prática que as moveu. Neste caso, vão ter um contacto privilegiado com a componente da coordenação de estudos clínicos no Departamento de Coração e Vasos.

Enquanto Beatriz Ricardo e Ana Carolina Rodrigues farão os estágios num molde de part-time, Inês Amaral vai dedicar-se a tempo integral.

A visão global sobre o processo de investigação

Há algo que une Daniela Devesas, Beatriz Iglésias, Catarina Barbosa e Bárbara Cruz – todas ponderaram, em primeiro lugar, ingressar no mestrado de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas Emergentes. No entanto, o facto de a realização do curso não ter avançado, combinado com o gosto de pela investigação cínica, fizeram-nas optar por esta outra formação.

Um dos objetivos de Beatriz Iglésias, bióloga, era “conhecer outras áreas que não se focassem no trabalho de bancada”. Já no caso de Catarina Barbosa, que se licenciou em Bioquímica, com o tempo, foi percebendo que não se imaginava a fazer investigação pré-clínica durante toda a sua vida. “A grande dependência de bolsas era uma condicionante”, refere, o que a levou a pesquisar outras possibilidades relacionadas com a ciência.


Daniela Devesas, Beatriz Iglésias, Catarina Barbosa e Bárbara Cruz

Numa fase em que já experienciaram o primeiro semestre do curso, Beatriz Iglésias realça o maior conhecimento que ganhou sobre “o que vem a seguir ao que é feito no laboratório e de que forma pode ser utilizada uma investigação a título futuro”.

No fundo, como Bárbara Cruz resume, “conseguimos ter agora uma visão global e contínua de todo o processo”.

O aprofundamento de conhecimentos dos profissionais de saúde e da indústria farmacêutica

Catarina Veiga, Rita Gaspar e Alexandra Figueira são farmacêuticas hospitalares do CHUC e embarcaram juntas nesta formação. As três trabalham com ensaios clínicos e tinham interesse em “aprofundar conhecimentos, que pudessem trazer ser uma mais-valia à atividade profissional”, refere Catarina Veiga.


Rita Gaspar, Alexandra Figueira e Catarina Veiga

Partem de comboio todas as sextas-feiras de manhã rumo à FMUL e regressam sábado à tarde. Para já, o balanço é positivo: “Já aprendemos muito e esta formação obriga-nos a pensar e a pesquisar mais, e a estimular o nosso conhecimento e interesse na área.”


Rodrigo Mareco é enfermeiro numa unidade de hemodiálise privada em Lisboa. Tendo, nesse contexto, algum contacto com ensaios clínicos, considerou que poderia investir na área de investigação clínica. Na sua ótica, “o curso está muito bem organizado, com módulos que abordam os temas que mais interessam para ingressarmos numa prática clínica na ótica do investigador responsável ou na indústria farmacêutica”.


Rudolfo Francisco e Rodrigo Mareco

Rudolfo Francisco, medical growth lead CRM & Respiratory, ingressou neste mestrado com o objetivo de “rever e aprofundar conhecimentos teóricos sobre a área de investigação clínica, numa fase em que cada vez mais se tem apostado na implementação de estudos observacionais e de iniciativa do investigador”.

O painel do corpo docente é, para si, muito rico, na medida em que “existe um equilíbrio entre as vertentes académica e profissional, o que ajuda a aprofundar conhecimentos”.

Simultaneamente, sabia que este curso lhe ofereceria “uma visão integrada sobre os estudos clínicos e observacionais, cujas metodologias parecem distantes, mas, no fundo, contribuem para um contínuo de evidência em medicina, ajudando à tomada de decisões em saúde do ponto de vista clínico, mas também de políticas de saúde”.

A 3.ª fase de candidaturas para a 2.ª edição do Mestrado em Investigação Clínica decorre até 30 de setembro.

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