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«Compromisso e reciprocidade na gestão do SNS»


Xavier Barreto

Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH)



Inicio, nesta edição, a minha colaboração com o jornal Hospital Público. É uma honra e um privilégio poder representar, nesta publicação, a Administração Hospitalar Portuguesa.

Ao longo dos próximos 3 anos, procurarei trazer a esta página a visão dos administradores hospitalares, contribuindo desta forma para o debate de soluções para o desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde.

A APAH tem um legado a defender. Eduardo Sá Ferreira, Santos Cardoso, Lopes Martins, Jorge Varanda, Manuel Delgado, Pedro Lopes, Marta Temido e Alexandre Lourenço (e respetivas equipas) construíram uma identidade, uma mensagem sólida e consistente, que é hoje reconhecida por todos.

Uma mensagem agregadora dos setores mais dinâmicos da Saúde em Portugal e que nos interpela para trabalharmos em conjunto, sem medos e sem preconceitos, para entregarmos o melhor resultado possível aos nossos doentes. A nossa responsabilidade é a de contribuir para o reforço desta mensagem, fazendo perdurar este legado para além deste mandato.

O próximo triénio será pleno de desafios para esta nova Direção.

O nosso compromisso foi expresso durante a campanha eleitoral. As propostas que fizemos não serão letra morta. Serão o guião pelo qual conduziremos a nossa ação.

Tendo a revisão da carreira como ponto central dos nossos esforços, mas sem descurar o investimento em formação e capacitação dos nossos colegas, procuraremos reforçar a proximidade entre associados, criando novos espaços para a partilha de boas práticas e soluções.


Xavier Barreto

Procuraremos dar mais visibilidade ao trabalho do administrador hospitalar, no sentido de aumentar a sua importância e reconhecimento social. Procuraremos ainda reforçar as parcerias com outras organizações profissionais, mas também com as associações de doentes, com quem temos realizado um trabalho muito gratificante e profícuo.

De todos os desafios, nenhum será maior do que o da revisão da carreira.

Não é aceitável, à luz da moderna administração pública, que os administradores hospitalares continuem privados de uma carreira digna. Não é aceitável que dedicados servidores da causa pública continuem a ser privados das progressões na carreira que lhes são justamente devidas. Não existe qualquer razão para que a nossa carreira não seja revista, à semelhança do que ocorreu com todas as restantes carreiras da saúde.

É urgente reverter o estado de desânimo em que se encontra grande parte dos administradores hospitalares do SNS. Depositamos, por isso, uma grande expectativa no processo de revisão da carreira que agora está em curso.

Ter administradores hospitalares a gerir serviços de saúde é a garantia que necessitamos de ter, quer para assegurar serviços de saúde mais eficientes, como para ir adaptando e inovando o nosso modelo de prestação de cuidados.

A carreira não pode, por isso, ser entendida como uma questão corporativa, mas antes como uma necessidade imperativa do SNS, para que funcione melhor e com maiores níveis de eficiência.

O Serviço Nacional de Saúde contou sempre com o compromisso dos seus administradores hospitalares, mas, neste caso, como em todos os outros, o compromisso tem necessariamente que ser recíproco.


O artigo pode ser lido na edição de maio/junho do jornal Hospital Público.

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