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Sociedade Portuguesa de Pneumologia alerta: "A pneumonia não é sazonal"

"Ao contrário do que se pensa, a pneumonia não é sazonal. Há internamentos e mortes por pneumonia ao longo de todo o ano", explica Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. "A vacinação pneumocócica é a melhor forma de prevenir a pneumonia. Pode, e deve, ser feita em qualquer altura do ano", acrescenta.

O pneumococo é o responsável por cerca de 3 milhões de mortes por ano, um pouco por todo o mundo. É uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação.

No caso da pneumonia, um estudo desenvolvido pela Comissão de Infecciologia Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, revela que esta doença é responsável pelo internamento de uma média de 81 adultos por dia, dos quais 16 acabam por morrer.

Prevenível através de vacinação, a infeção por Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é uma causa comum de morbilidade e mortalidade. As crianças e os adultos a partir dos 50 anos, são os mais afetados pela doença pneumocócica, bem como grupos de risco, que incluem pessoas com doenças crónicas associadas como a diabetes, doenças respiratórias ou cardíacas, e que tenham hábitos como o alcoolismo e ou o tabagismo.

"É fundamental que se faça a vacinação, independentemente do mês ou da estação em que nos encontramos", alerta a Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Recentemente, um estudo internacional que incluiu cerca de 85.000 adultos com 65 ou mais anos de idade, demonstrou a eficácia clínica da Vacina Pneumocócica Conjugada 13 – valente (VPC13) na prevenção da Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) em adultos. "Excelentes notícias" para a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, para quem este resultado se traduz num "avanço significativo no combate à pneumonia".

“Apesar dos esforços das sociedades científicas ao nível local, e das recomendações para a tomada de medidas preventivas, a pneumonia pneumocócica continua a ser um das principais causas de morbilidade e mortalidade nos adultos. Os resultados deste estudo e a consequente consciência do potencial da vacinação, vêm reforçar esta posição. Representam um enorme contributo para a melhoria da qualidade da saúde pública, não só em Portugal, como em todo o mundo", acrescenta Robalo Cordeiro.

Portugueses pouco esclarecidos relativamente a Pneumonia e Prevenção

A maioria dos Portugueses não conhece os sintomas da Pneumonia e poucos são os que sabem quais as formas de prevenção. Segundo os resultados de um questionário realizado pela SPP no final do ano passado, apenas 5,4% dos inquiridos estão vacinados contra a Pneumonia.

Os inquéritos foram realizados aos que se aconselharam no “Esquadrão da Pneumonia”, campanha de sensibilização e prevenção da SPP, que percorreu o País ao longo de duas semanas com o objetivo de alertar a população para a Pneumonia e para os problemas com ela relacionados.

"Os Portugueses ainda estão pouco esclarecidos relativamente à Pneumonia e às principais formas de prevenção», continua Robalo Cordeiro. «Os números são elucidativos: 96% dos inquiridos durante o Esquadrão da Pneumonia já tinha ouvido falar de Pneumonia, mas apenas 38,2% conhecia os sintomas. 71% afirmou não saber a diferença entre Gripe e Pneumonia e somente 25,5% sabia as suas formas de prevenção", acrescenta.

7,6% declarou já ter tido uma Pneumonia. De um total de 1021 participantes, apenas 55 (5,4%), estavam vacinados.

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