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Sociedade de Hipertensão: «há ainda muito a fazer» para reduzir o consumo excessivo de sal

Apesar da população portuguesa ter uma maior noção dos problemas de saúde que podem surgir ou agravar-se com um consumo excessivo de sal, "há ainda muito a fazer nesta luta", afirma Mesquita Bastos, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).

Na sua opinião, "é necessário focarmo-nos cada vez mais na conceção dos alimentos, para que a redução do teor de sal não fique apenas pelo pão" e dá um exemplo: "a sopa é dos pratos essenciais da alimentação dos portugueses e sobre o qual a redução do teor do sal teria um grande impacto em saúde pública".

Em artigo publicado na edição de junho do Jornal Médico dos Cuidados de Saúde Primários, Mesquita Bastos explica as "linhas de atuação" da atual Direção, que tomou posse em final de março, e afirma que será dada "continuidade ao trabalho desenvolvido nesta área pela SPH desde a sua génese". Na sua opinião, "o reforço da regulação da rotulagem dos alimentos, a par de campanhas massivas de informação, levadas a cabo pela SPH e/ou em parceria com outros organismos com responsabilidade direta ou indireta na área da Saúde, são medidas vitais para a utilização e consumo consciente de sal."

Considera que "a sensibilização dos profissionais de saúde, das entidades governamentais e de saúde e da própria população é um trabalho que nunca pode parar". Uma vez que o excesso de sal conduz à hipertensão que, por sua vez, aumenta o risco de doenças e de acidentes cardiovasculares, "parar esta luta é pôr em causa a qualidade de vida e o bem-estar da população", afirma.

Mesquita Bastos adianta que uma das iniciativas a realizar será o II Fórum do Sal, a decorrer em novembro, em Lisboa, "onde estarão reunidos vários especialistas nacionais e internacionais para falar sobre a problemática, de forma a aprendermos uns com os outros, partilhando informações e experiências de forma a, em conjunto, encontrarmos um caminho que se traduza em resultados práticos quanto à diminuição do consumo de sal."

Relativamente a ações junto da população, e após as iniciativas realizadas no âmbito do Dia Mundial da Hipertensão, assegura que esse "trabalho de educação para a saúde irá manter-se ao longo do ano noutras iniciativas, como nas escolas", uma vez que é, habitualmente, "na infância e na adolescência que começa a ingestão salina excessiva, queremos identificar quais os alimentos que propiciam isso mesmo e adotar uma abordagem dirigida a este público-alvo."






O artigo de Mesquita Bastos pode ser lido na íntegra na edição de junho do Jornal Médico dos Cuidados de Saúde Primários, publicação distribuída junto dos profissionais das USF e ACES de todo o país e de várias outras entidades. O artigo integra o Dossier Hipertensão, que conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Hipertensão e a colaboração de uma dezena de especialistas.

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