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Serviço de Imunoalergologia de Santa Maria celebra 60 anos de atividade

"É com muito orgulho que o Serviço de Imunoalergologia do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN) se assume como um serviço estruturante na Imunoalergologia nacional", afirma Elisa Pedro, que lidera atualmente esta equipa.

Em declarações à Just News, a médica recorda que desde a sua criação, em 1961, "o maior Serviço de Imunoalergologia do SNS" tem sido pioneiro em diversas áreas, nomeadamente, "na introdução de medicamentos biológicos indicados para formas graves de doenças imunoalérgicas e na criação e implementação de protocolos para a sua utilização".

Contudo, também nesta fase pandémica teve um papel importante, conforme explica: "Na implementação de protocolos de triagem de doentes para avaliação de risco para reação alérgica grave à vacina Covid-19, bem como na investigação das reações alérgicas à vacina e a sua administração em meio hospitalar."


Elisa Pedro está no Serviço de Imunoalergologia de CHULN desde que o mesmo foi criado, em julho de 2006


O modelo que permite uma “equipa de excelência”


A história da Imunoalergologia em Santa Maria começou verdadeiramente em 1961, quando Antero da Palma-Carlos arrancou com a Consulta de Alergia Respiratória da Clínica de Doenças Pulmonares. Quatro anos depois era criada a Unidade de Imunoalergologia, integrada no Serviço de Propedêutica Médica (posteriormente Serviço de Medicina 3), que era dirigido por Armando Ducla Soares.

A partir de julho de 2013, com a departamentalização dos serviços de Medicina, a Unidade de Imunoalergologia passou a fazer parte do Serviço de Medicina 2, dirigido por Rui Victorino. Finalmente, em 2006, passou a Serviço de Imunoalergologia autónomo, integrando o Departamento de Medicina e tendo como diretor Manuel Pereira Barbosa, que se jubilou em fevereiro deste ano. Elisa Pedro assumiu então a Direção do Serviço.

Com o reconhecimento da especialidade pela Ordem dos Médicos, no princípio dos anos 80, o internato da mesma tinha-se iniciado, entretanto, no Hospital de Santa Maria, em 1987.

Com internamento autónomo desde outubro de 1999, a Imunoalergologia de Santa Maria passaria a dispor de um Hospital de Dia logo no ano a seguir, conquistando a autonomia
administrativa no final de 2000. Em todas estas fases, houve a vontade de aprofundar e desenvolver o modelo clássico assistência-ensino-investigação.

Para Manuel Pereira Barbosa, a conjugação destas três vertentes é uma mais-valia: “Só se pode ensinar bem o que fazemos bem e esta equipa é de elevada excelência. Somos um centro de referência, que foi pioneiro no País”. E sublinha: “A maior parte dos médicos da especialidade passou por esta casa durante a sua formação inicial.”


Elisa Pedro, Manuel Pereira Barbosa e Manuel Branco Ferreira

"O futuro da Imunoalergologia no CHULN"

Desta forma, refere Elisa Pedro, os 60 anos de atividade assistencial "não poderiam passar despercebidos". Assim, será realizada no dia 26 de novembro uma sessão na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) em que, "revisitando-se o passado, não deixaremos de refletir sobre o presente e perspetivar o futuro da Imunoalergologia no CHULN".

A iniciativa conta com a intervenção de Manuel Pereira Barbosa, cuja palestra incidirá sobre a "História do Serviço de Imunoalergologia do CHULN". E percebe-se porquê. O médico recorda que "por aqui passaram pediatras, tendo sido criada a Consulta de Alergologia Pediátrica, alergologistas de outros hospitais, com vista à abertura de novos serviços de alergologia, e também aqui foram formados os primeiros médicos internos de Imunoalergologia".

Além da intervenção de Elisa Pedro sobre o futuro da Imunoalegologia do CHULN, a sessão comemorativa conta também com a participação de Manuel Branco Ferreira. O imunoalergologista, que atualmente dirige a Clínica Universitária de Imunoalergologia, abordará as mais-valias que decorrem da articulação existente com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), entidade a que preside.


"O diagnóstico precoce é fundamental"

A diretora do Serviço de Imunoalergologia do CHULN aproveita para renovar a mensagem de que “o diagnóstico precoce da doença alérgica é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos doentes através da instituição de terapêuticas adequadas e específicas".  

E, nesse sentido, a médica assegura: "Num tempo de incerteza, temos a confiança que o nosso trabalho, quer junto dos doentes quer na investigação, não só respeita os ensinamentos dos que nos precederam, como, pela nossa dedicação e pelo nosso empenho, é auspicioso em relação ao futuro. Vamos continuar a trabalhar todos os dias para a melhoria clínica e da qualidade de vida dos doentes imunoalergológicos."

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