Rinossinusites afetam cerca de 15% dos portugueses
O Serviço de Otorrinolaringologia e o Centro de Alergologia do Hospital Cuf Descobertas realizaram, no último fim de semana, em Lisboa, a Reunião “Descobertas 2015 – Tudo o que quero perguntar sobre rinossinusites”, que contou com o apoio exclusivo da Menarini Portugal.
"Com uma prevalência global de cerca de 15%, em Portugal, estas patologias afetam todos os grupos etários e é muito importante que os doentes sejam seguidos por uma equipa que reúna várias especialidades”, afirmou Mário Morais de Almeida, diretor do Centro de Alergologia e co-coordenador do evento, à margem da sessão.
E acrescentou: “Na nossa prática clínica, sentimos que existe ainda muito desconhecimento e falta de identificação, ou seja, o diagnóstico não é correto, são sendo possível obter o controlo, porque as terapêuticas não são adequadamente orientadas.”
Segundo referiu, estes doentes são identificados, em primeira instância, nas consultas de Medicina Geral e Familiar ou de Pediatria, sendo muito importante que seja feito um bom diagnóstico, para que possam ser instituídas medidas em termos de controlo.
“A doença, nas suas formas agudas, é muito bem identificada por qualquer médico, o que não são tão bem conhecidas são as formas de a abordar”, sublinhou Mário Morais de Almeida, indicando que, no caso das crianças, esta é menos reconhecida e é desvalorizada por falta de diagnóstico.
José Saraiva, diretor do Serviço de Otorrinolaringologia e co-coordenador da reunião, disse que as rinossinusites são um tema que está na ordem do dia, não só dos médicos destas duas especialidades, mas também da Medicina Geral e Familiar, da Medicina Interna e de muitas outras áreas, sendo importante esta “noção de interação, partilha e abertura dos conhecimentos a uma visão diferente”.
“Com a realização desta reunião, procurámos que os profissionais que lidam com a patologia se juntem e partilhem os seus conhecimentos e experiências, assim como as suas formas de abordar a situação”, terminou.
