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Renovação dos serviços «perde-se» sem os jovens médicos no SNS

Para o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, é “absolutamente fundamental” que os jovens médicos fiquem no Sistema Nacional de Saúde (SNS). Para isso, é preciso que os concursos médicos sejam abertos atempadamente, de modo a que sejam contratados logo após o fim do internato. O responsável falava na abertura do XXX Fórum de Dermatologia, evento que teve lugar no Porto.

Na sua opinião, “é preciso dar oportunidade às pessoas para ficarem" e que os concursos “sejam iguais para todos os médicos”, ou seja, que todos concorram em igualdade de circunstâncias.
“Sem os jovens médicos perde-se a capacidade de renovação dos serviços. Para mantermos a vitalidade e uma boa qualidade dos serviços, precisamos dos jovens médicos no SNS”, defendeu, realçando que é inadmissível o atraso que está a acontecer a nível de concurso hospitalar.

Miguel Guimarães aproveitou ainda o momento para alertar para uma questão que foi levantada recentemente pelo presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Jorge Simões, que afirmou que “algumas tarefas que hoje são exercidas por médicos podem ser desenvolvidas por outros profissionais de saúde”.

“Não posso aceitar que um qualquer presidente do CNS venha dizer que já estão a discutir as transferências de competências sem ouvir as estruturas que representam os médicos, nomeadamente a OM”, disse.



Novos desafios na Dermatologia


Ao usar da palavra, Manuela Selores, presidente do XXX Fórum de Dermatologia e diretora do Serviço de Dermatologia do Centro Hospitalar do Porto (CHP), falou sobre os novos desafios que se colocam na área da Dermatologia.

No que respeita à atividade assistencial, a médica apontou precisamente a falta de dermatologistas no SNS, além da ”menorização da natureza especial da especialidade” e a introdução de inovações tecnológicas que “alteram radicalmente a prática tradicional da Dermatologia”. 


Relativamente à formação pós-graduada, Manuela Selores, que preside ao Colégio de Especialidade de Dermatovenereologia da OM, apontou a escassez de centros com idoneidade formativa.



Ao fim de 30 anos, Fórum continua “vivo”


Passaram-se três décadas desde que se realizou o I Fórum de Dermatologia, organizado pelo Serviço de Dermatologia do Hospital de Santo António (HSA), que integra a CHP. Ao intervir na sessão de abertura, António Massa, anterior diretor do Serviço de Dermatologia do CHP (1992-2003) e atual presidente da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), que foi secretário do primeiro Fórum, presidido por Luís Cunha Viegas, salientou a sua satisfação por ver que a reunião continua “viva” e ainda melhor.

Na sua opinião, “continua a ser uma das mais importantes (se não a mais importante) reuniões na área da Dermatologia a nível nacional”.


Paulo Barbosa, Miguel Guimarães e Manuela Selores

Assegurar a "sobrevivência e a evolução dos serviços”

Paulo Barbosa, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Porto, foi outro dos intervenientes na sessão de abertura do Fórum. Aquele responsável afirmou que “não são as pedras que fazem os serviços, são as pessoas e a sua vitalidade que permitem a sobrevivência e evolução dos mesmos e o Serviço de Dermatologia é um dos que mais publica e mais investigação faz no CHP.”

Por sua vez, Carlos Ribeiro, em representação da ARS Norte, salientou o empenho daquele organismo em apoiar a área da Dermatologia, em geral, e da teledermatologia, em particular.




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