Os Cuidados de Saúde Primários vão estar em foco nas 1as Jornadas Médicas das Ilhas da Macaronésia
Ao longo dos dias 9 e 10 de outubro realizam-se no Funchal, no Hotel Meliã Mare, as 1as Jornadas Médicas das Ilhas da Macaronésia. O evento, que estará focado no debate sobre o futuro dos Cuidados de Saúde Primários, é organizado pelo Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos (OM), em colaboração com o Conselho Médico da Região Autónoma da Madeira.
A sustentabilidade dos sistemas de saúde é uma das questões que será debatida numa mesa redonda moderada por Jaime Mendes, presidente do Conselho Regional do Sul da OM, e que terá a participação, entre outros especialistas, do bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva. Do programa fazem também parte temas como o Internato da Especialidade de MGF, condicionantes geográficas na qualidade assistencial e o futuro da referenciação.
Uma das sessões estará particularmente centrada no debate sobre os "pós e contras" das Unidades de Saúde Familiar (USF) e Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), onde será abordado o "conceito e aplicabilidade nas Regiões Autónomas".
Antes da sessão de encerramento, Paulo Telles de Freitas, presidente do Instituto Marquês de Valle Flôr, irá ainda proferir uma palestra sobre "Telemedicina do Futuro". Recorde-se que um dos momentos mais marcantes deste projeto prende-se com a inauguração da plataforma de telemedicina, em 2010. Em entrevista à Just News, na altura do lançamento do livro "Saúde Para Todos: 25 anos ao serviço de São Tomé e Príncipe", Paulo Freitas, médico internista, explicava a sua importância:
“Foi muito especial naquela altura e também pelas possibilidades que abriu em termos de diagnóstico e tratamento”, afirmou, acrescentando: "Só entre 2011 e 2012, houve uma redução de 50% nas evacuações sanitárias de São Tomé para Portugal, quando comparado com 2009 e os anos anteriores. Para o Estado português, significou uma poupança em tratamentos de quase 82%. O orçamento para a Saúde na ilha também teve impactos positivos: menos 20% de verba afetada."
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