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O médico de família é «quase sempre o primeiro a contactar os doentes psiquiátricos»

“Qual o futuro da Psiquiatria?” Este é o tema do X Congresso Nacional de Psiquiatria, que irá decorrer entre 13 e 15 de novembro, no Centro de Congressos do Hotel Tivoli Marina de Vilamoura, no qual são esperados entre 500 a 700 participantes.

Ao Jornal Médico, Pedro Varandas, secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), destaca alguns dos temas que estarão em debate, nomeadamente a classificação das doenças psiquiátricas e a definição de orientações terapêuticas para essas doenças, assuntos que, na sua opinião, são de todo o interesse para os especialistas em MGF.

Seja em que área for, o MF é a referência que os doentes procuram em primeiro lugar, quer para procurar tratamento, quer para os orientar e aconselhar. Ao nível das doenças psiquiátricas, Pedro Varandas menciona que “o MF é quase sempre o primeiro a contactar os doentes e, em certas áreas da patologia, deve ser o primeiro a intervir”.

Em situações em que o MF não se sinta capacitado para intervir ou continuar a intervir, é importante que tenha a capacidade de referenciar corretamente esses doentes. Por este motivo, o secretário-geral da SPPSM considera que “a formação devia ser muito bem orientada para a MGF porque é necessário que a capacidade de o MF intervir ou de orientar e aconselhar se faça de uma forma cada vez mais aperfeiçoada”.

Segundo Pedro Varandas, a nosologia psiquiátrica, ou seja, a classificação das doenças psiquiátricas, é um dos assuntos que merecerá destaque no X Congresso Nacional de Psiquiatria, assim como a definição de terapêuticas e orientações terapêuticas para essas mesmas doenças.

A semiologia psiquiátrica, isto é, os critérios clínicos, os sintomas e a forma de chegar a esses sintomas é outro dos assuntos em debate e que Pedro Varandas considera ser do interesse da MGF, na medida em que “talvez seja das áreas em que o MGF menos formação tem e, ao mesmo tempo, mais necessidade tem no contacto com os seus doentes para os poder tratar”.

Depressão e ansiedade, as doenças que motivam maior número de consultas de MGF

Em termos transversais, Pedro Varandas diz que as doenças depressivas e de ansiedade são as patologias do foro da Psiquiatria mais prevalentes nas consultas de MGF. Contudo, salienta, “com o envelhecimento da população, os especialistas em MGF vão necessitar de estar muito bem preparados para abordar as doenças dos idosos, em particular as patologias degenerativas a nível mental, particularmente o Alzheimer e a demência vascular, entre outras”.


A entrevista completa pode ser lida na edição de novembro do Jornal Médico.

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