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Médicos de família estão «na 1.ª linha na suspeita e identificação de uma doença autoimune»

De 16 a 18 de abril, o Núcleo de Estudos de Doenças Autoimunes (NEDAI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai organizar o IV Congresso Nacional de Autoimunidade/XXI Reunião do NEDAI, que terá lugar em Coimbra, no Hotel Vila Galé, centrando-se no tema “Do órgão ao organismo”.

De acordo com Lèlita Santos, presidente do evento, os temas em debate são não só do interesse dos internistas, mas também de outros especialistas, como é o caso dos MF, sobretudo no que se refere ao diagnóstico precoce das patologias autoimunes, pois, como frisa, tal como os internistas, estes especialistas “estão na 1.ª linha quer na suspeita e identificação de uma doença autoimune, quer no seguimento partilhado destes doentes”.

Em declarações à Just News, Lèlita Santos considera que todos os temas a abordar durante o evento são importantes para os especialistas e internos de MGF, sobretudo no que se refere ao diagnóstico precoce destas patologias.

“Sendo doenças não muito frequentes, por vezes, com sintomatologia mínima ou flutuante e mesmo inespecífica, o diagnóstico pode não ser desde logo evidente”, indica, salientando que, nesse sentido, o conhecimento das manifestações mais características, quer de cada órgão, quer sistémicas, relacionando-as com a doença autoimune, é muito importante.

A médica sublinha o interesse da discussão sobre a competência e a formação em autoimunidade quer dos internistas, quer de médicos de outras especialidades, incluindo de MGF, na orientação para um seguimento partilhado e multidisciplinar do doente.

Na opinião de Lèlita Santos, se o internista tem um papel fundamental ao nível dos cuidados diferenciados em meio hospitalar, o especialista em MGF tem igual papel ao nível dos cuidados primários.

“Em ambas as especialidades, os clínicos têm uma visão integradora das manifestações das doenças, não perdendo a noção da individualidade de cada doente”, indica.

“O especialista em MGF está na 1.ª linha quer na suspeita e identificação de uma doença autoimune, quer no seguimento partilhado destes doentes, pois, tratando-se de uma patologia crónica, o seguimento de proximidade é imprescindível”, refere, acrescentando que, no caso de suspeita, “o MF poderá estar alerta e referenciar o seu doente para uma consulta diferenciada de doenças autoimunes e, assim, evitar um diagnóstico tardio”.




Na edição de março do Jornal Médico dos Cuidados de Saúde Primários
pode ser lida uma entrevista com Lèlita Santos, onde desenvolve
os temas acima abordados.




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