Lançamento do livro: «100 perguntas-chave no cancro do ovário»
“A citologia não permite o despiste de todas as patologias do foro ginecológico”, alertou Deolinda Pereira, do Serviço de Oncologia Médica do IPO do Porto, ao intervir na sessão de lançamento da 2.ª edição de “100 perguntas-chave no cancro do ovário”. A médica coordenou o manual juntamente com Fátima Vaz, do IPO de Lisboa, compilando artigos que envolvem três dezenas de autores de várias áreas e instituições.
No evento, que se realizou no Reservatório Mãe D’Água, em Lisboa, Deolinda Pereira falou da importância do cancro do ovário, “uma neoplasia que é pouco frequente, mas que tem, entre as neoplasias malignas específicas da mulher, a maior taxa de mortalidade”.
A especialista sublinhou ser preciso apostar mais na formação dos profissionais de saúde, incluindo médicos de MGF, que costumam fazer citologias e entre os quais “ainda predomina a ideia de que é possível despistar sempre, através deste exame, as diversas doenças do foro ginecológico”.
Como o cancro do ovário é uma das patologias que exigem uma resposta complexa, Deolinda Pereira ressalvou ser necessário contar sempre com o apoio de uma equipa multidisciplinar, “de forma a adequar a cada doente a melhor decisão terapêutica possível”.
“Todas as doentes têm direito a uma abordagem individualizada, tendo em conta a fase da sua doença e o seu contexto psicológico, familiar e social”, lê-se no Prefácio do livro.
Mónica Nave, Carla Fernandes (AstraZeneca) e Deolinda Pereira.
Mónica Nave, do Centro de Oncologia do Hospital da Luz, uma das autoras do livro e que esteve presente na sessão em representação de Fátima Vaz, destacou os avanços na área do combate a este tipo de cancro. Há novos tratamentos disponíveis, novas técnicas cirúrgicas estão a ser desenvolvidas e a discussão das medidas preventivas ganha protagonismo.
O livro, que contou com a colaboração de 31 autores de diferentes especialidades, como Ginecologia, Oncologia, Anatomia Patológica e Genética, pretende dar resposta às questões que mais se colocam aos profissionais de saúde em termos de prevenção, diagnóstico, tratamento e seguimento das mulheres com cancro do ovário.
A edição “100 perguntas-chave no cancro do ovário” teve o apoio da AstraZeneca e foi apresentado precisamente no Dia Mundial do Cancro do Ovário, a 8 de maio.