Internos de Cardiologia reúnem-se para «Preparar o futuro»
“Preparar o futuro” foi o tema da primeira reunião organizada pelo Conselho de Jovens Cardiologistas (CJC), que se realizou este sábado, no Auditório dos Laboratórios Pfizer. Destinada a médicos internos de Cardiologia, segundo Francisco Costa, coordenador do CJC, esta iniciativa teve como principal objetivo debater assuntos de formação e de carreira pós internato da especialidade.
“Penso que esta reunião é uma mais-valia para todos nós. A carreira médica tem vindo a sofrer atualizações - também por restrições contratuais por parte dos hospitais – e, ao terminar a especialidade, o jovem cardiologista encontra, muitas vezes, dificuldades em prosseguir a sua carreira, passando por um período de incerteza muito grande”, afirma Francisco Costa à Just News, acrescentando que, esta atual situação, leva a repensar o tipo de formação que devem ter, se mais subespecializada ou generalista.
“Trouxemos alguns colegas mais velhos para nos falar um pouco das dificuldades que sentiram e das soluções que encontraram para gerir a sua carreira depois da especialidade”, refere o coordenador do CJC. E termina: “Trata-se de uma reunião muito interessante, não sobre Cardiologia ciência, mas sim Cardiologia carreira.”
Quando questionado acerca dos propósito da sua intervenção, subordinada ao tema “A formação base em Cardiologia”, Mário G. Lopes, ex-presidente da SPC, professor catedrático jubilado da Faculdade de Medicina de Lisboa e ex-diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital de Santa Maria, indica que tentou, colocando-se um pouco nesta fase da carreira do médico, dar sugestões para que os seus colegas internos possam lidar melhor com este “período de crescimento obrigatório, exaltante, mas que tem os seus escolhos”.
“Os mais seniores podem ter um contributo ao explicar aos mais jovens o que vão encontrar e o que podem fazer. Contudo, as pessoas têm de encontrar o seu próprio caminho”, observa. E sugere: “Devem ter uma visão otimista e positiva, perceber que a vida não é só Medicina, não é só Cardiologia, mas aproveitar ao máximo as condições do seu local de formação e aprender, também, com as experiências dos outros.”
