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Especialistas europeus debateram desigualdades na saúde cardiovascular

“Adressing inequalities in cardiovascular health” foi o tema escolhido para o EuroPRevent, reunião científica anual da Associação Europeia de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular (AEPRC), ramo da Sociedade Europeia de Cardiologia, que desta vez se realizou em Portugal, no Centro de Congressos de Lisboa.

Miguel Mendes, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e organizador local do evento, considera que esta abordagem às desigualdades na saúde cardiovascular é algo “muito importante, adaptado e aplicável a Portugal”.

“Estamos a sair de uma crise económica que pode ter acentuado as desigualdades. Não temos, para já, estatísticas de saúde atualizadas, por isso não sabemos ainda se houve ou não repercussões”, referiu Miguel Mendes, em declarações à Just News.

No seu entender, há que tomar consciência de que as pessoas com níveis económicos mais baixos devem estar no centro das atenções, por se tratar da população que, nestes momentos de crise económica, sai mais prejudicada, pois fica desprotegida.

“Por terem menos educação, não se conseguem defender da mesma forma que as pessoas com mais conhecimento”, observa, acrescentando: “A depressão instala-se, porque perdem o controlo da sua vida, e isso leva a má saúde cardiovascular.”



O EuroPRevent é, desde há 10 anos, o encontro científico por excelência dos médicos e cientistas de todo o mundo envolvidos na prevenção das doenças cardiovasculares (da Epidemiologia à Reabilitação) e das áreas da Fisiopatologia do Esforço e da Cardiologia do Desporto.

Além de cardiologistas, a AEPRC está empenhada em atrair todos os especialistas europeus e lusófonos das diferentes áreas relacionadas com a prevenção cardiovascular, como internistas, nefrologistas, médicos de família, endocrinologistas, diabetologistas, especialistas em Saúde Pública, jovens investigadores de ciência básica, decisores políticos, enfermeiros, psicólogos e profissionais da área da Educação Física e da Nutrição.

“Este é um ponto de encontro. Cada país, cada grupo, traz o que tem de melhor e em conjunto somos capazes de ir mais longe e fazer melhor. Todos os anos, tomamos conhecimento dos avanços em cada uma das áreas e colaboramos uns com outros, ao invés de estarmos centrados apenas na nossa área”, indicou Miguel Mendes, acrescentando que o EuroPRevent dá aos participantes uma panorâmica geral de tudo o que aconteceu, nesta área, no último ano.

Para Miguel Mendes, a prevenção tem de existir antes e depois das pessoas ficarem doentes, porque os fatores de risco que conduzem à doença são, também, aqueles que vêm a condicionar as recaídas.

“Se conseguirmos controlar todas estas situações com prevenção, ganharemos a nossa luta e conseguiremos avançar bastante”, concluiu.

O congresso contou com as presenças de Fausto Pinto, presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia e diretor do Serviço de Cardiologia do CHLN, Antonio Pelliccia, presidente da AEPRC, e Johan De Sutter, coordenador do programa do Congresso, entre outros.





Podem ser consultadas mais fotos do evento na Galeria de imagens.



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