KRKA

Diferentes especialidades debatem inovação na anticoagulação

Médicos de diferentes especialidades reuniram-se, no sábado, no Teatro Camões, em Lisboa, para assistir ao simpósio “Einstein – A nova forma de pensar o tromboembismo venoso”.

De acordo com Daniel Menezes, especialista em Angiologia e Cirurgia vascular e chairman da sessão “A anticoagulação do século XXI”, o rivaroxabano é de uma evolução na prática clínica. “Trata-se de um medicamento extremamente eficaz, muito simples de administrar, sem necessidade de controlo e custo-eficaz no tratamento clássico.”

Segundo indica, o estudo Einstein, comparativo entre a terapêutica clássica e este novo medicamento, provou a não inferioridade do fármaco e, até, a sua superioridade no que respeita à diminuição do número de complicações hemorrágicas. “São inibidores diretos da anticoagulação, que têm agora comparticipação pelo Sistema Nacional de Saúde Português desde julho. É uma promessa”, conclui.

Abílio Reis, especialista em Medicina Interna, afirma que este medicamento constitui uma evolução na anticoagulação. “Temos, também, evidência, através do programa Einstein e dos diversos subestudos, de que o rivaroxabano tem igual eficácia e igual ou superior segurança, comparativamente aos tratamentos clássicos”, indica, mencionado ainda vantagens em termos de fármaco-economia já comprovadas.

Abílio Reis sublinha, assim, as vantagens da utilização deste novo fármaco na prática clínica, não deixando de referir, de acordo com as indicações, que deve ser restringido em doentes hepáticos, renais e polimedicados. “Temos de ter alguns cuidados com estas populações, mas já o fazíamos com o tratamento clássico.”

Pedro Marques da Silva, especialista em Medicina Interna, salienta que esta é uma reunião “de todo o mérito”, que juntou especialidades como a Cirurgia Vascular, a Cirurgia e a Medicina Interna.

Em conclusão, o especialista afirma que esta é uma abordagem “única, inovadora, paradigmática e com implicações significativas”, como a redução do internamento, que se reflete na melhor qualidade de vida e na melhor relação de custo-efetividade.

“Eficácia comprovada, com uma segurança tendencialmente superior em todos os estudos, confirmando uma redução dos episódios de hemorragia major e com melhoria do benefício liquido reconhecido, particularmente em populações em que se julgou não ser possível, como doentes frageis, indivíduos com mais de 75 anos e doentes com alguma degradação da função renal”, indica. E termina, afirmando ser bem tolerado a longo prazo, o que tem implicações na adesão ao tratamento.

Imprimir


Próximos eventos

Ver Agenda