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Criação da subespecialidade de Uroginecologia: «Rapidamente o projeto irá a Conselho Nacional»

No final da conferência inaugural da 202.ª Reunião SPG – organizada pela Secção Portuguesa de Uroginecologia –, que se centrou na temática “Subespecialidade finalmente?”, José Manuel Furtado, presidente do Colégio da Especialidade de Ginecologia/Obstetrícia da Ordem dos Médicos usou da palavra para firmar o compromisso da direção do Colégio de criar a subespecialidade de Ginecologia Urológica e mostrar-se convicto de que rapidamente conseguirão apresentar o tema ao Conselho Nacional.


José Manuel Furtado

“Não tenho dúvidas de que com o apoio e a motivação que testemunhei aqui hoje, rapidamente conseguiremos levar o projeto ao Conselho Nacional”, garantiu José Manuel Furtado, durante a 202.ª Reunião SPG, que se realizou no final da última semana e ultrapassou os 200 participantes, após ter referido que “não faz sentido que esta subespecialidade não seja criada, quando se trata de uma área tão específica da Ginecologia/Obstetrícia e que tem tantos profissionais dedicados”.



Correspondendo este assunto a um dos compromissos que constavam da candidatura da lista que encabeçou e que já estava a ser trabalhado há alguns anos, o presidente do Colégio reiterou a sua disponibilidade para avançar com o processo, após a alteração a um regulamento, que passa a centralizar neste Colégio da Especialidade a decisão:

“Neste momento, temos condições para rapidamente apresentarmos e regulamentarmos o trabalho que está feito. Os critérios de admissão estão todos plasmados e a fundamentação também foi apresentada. É preciso formar a comissão instaladora de três elementos, o que é muito fácil, pelo que vejo o processo de apresentação ao Conselho Nacional como um mero pró-forma.”



José Manuel Furtado assume que esta é uma luta que o move também enquanto diretor de um Serviço em que, diariamente, sente esta necessidade, em virtude do crescente número de doentes.

“Esta talvez seja a área ou, pelo menos, uma das principais áreas da especialidade com mais doentes, em que a diferenciação é cada vez maior, e custa não a ver ainda reconhecida como subespecialidade”, lamentou o médico, que dirige o Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães.



O presidente do Colégio da Especialidade de Gin./Obst. partilhou estas declarações com a audiência após a conferência de Bercina Candoso, presidente da Secção Portuguesa de Uroginecologia (SPU), que apresentou o Regulamento n.º 951/2022 e as respetivas alterações trazidas ao Regulamento Geral dos Colégios de Especialidades e de Competências e das Secções de Subespecialidades da OM, que datava de julho de 2016.


Fátima Faustino (presidente da SPG) e Bercina Candoso

“O contributo técnico da Secção Portuguesa de Uroginecologia é importantíssimo”

Fernanda Águas, que foi presidente da SPG entre 2013 e 2018, período durante o qual foi iniciado este trabalho para a criação da subespecialidade, foi responsável por introduzir e fechar a conferência, e não pôde deixar de lembrar a “importância desta área de diferenciação, de que cada vez mais população tem vindo a precisar”.

Um ano após a publicação do Regulamento que vem trazer uma grande esperança aos especialistas que se dedicam à Uroginecologia, Fernanda Águas acredita que este passo possa finalmente ser dado. “O Colégio da Especialidade de Gin./Obst. sempre esteve muito empenhado nesta questão, bem como os diferentes órgãos sociais da SPG, nomeadamente a SPU, e, após um ano muito complicado no que respeita aos cuidados ginecológicos e obstétricos, a presença do atual presidente do Colégio nesta conferência demonstra a vontade de que este projeto vá avante”.


Fátima Faustino, José Martinez de Oliveira (ex-presidente da SPG) e Fernanda Águas

Lembrou ainda que, para o sucesso deste projeto, “o contributo técnico da SPU é importantíssimo, pois, sem ele, o Colégio não consegue levar o projeto para diante”.

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