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Criação da Consulta de Rinoplastia do CHEDV «diminuiu morbilidades pós-cirúrgicas»

Esta sexta-feira, durante o primeiro dia do 66.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cabeça e Pescoço, realizou-se o curso “Rinoplastia - Da avaliação ao resultado”.

A formação teve por base a experiência da equipa da Consulta de Rinoplastia do Serviço de Otorrinolaringologia (ORL) do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV), que integra os hospitais de São Sebastião, São João da Madeira e de S. Miguel (Oliveira de azeméis).


Experiência da Consulta de Rinoplastia partilhada com especialistas de várias regiões do país

Criada em janeiro de 2017, esta mais valia do CHEDV surgiu na sequência de várias solicitações para rinoplastia. “Devido a muitos casos de traumatismos decorrentes de acidentes de viação e de acidentes de trabalho na região, sentiu-se a necessidade de se ter uma equipa dedicada a esta técnica”, indica Carlos Carvalho, diretor do Serviço de ORL.

Além destes casos clínicos, eram também comuns os de obstrução nasal, "que exigiam, em simultâneo, a correção da deformidade nasal".


Carlos Carvalho

Como refere ainda o responsável, em declarações à Just News, “há duas equipas fixas que se dedicam a esta área da ORL, o que permitiu concentrar os recursos, dando melhor resposta aos nossos doentes, sendo que nas primeiras segundas e terças do mês fazemos consulta e as restantes segundas e terças do mês são dedicadas à cirurgia”.

"Diminuição das morbilidades pós-cirúrgicas"

A criação da Consulta de Rinoplastia do CHEDV, uma valência relevante no seio do Serviço Nacional de Saúde, permitiu ainda o acesso a mais equipamentos de elevado grau de diferenciação, como o de cirurgia piezoelétrica. “A principal vantagem é a diminuição das morbilidades pós-cirúrgicas, nomeadamente as equimoses, além de que a cicatrização acaba por ser mais rápida com este equipamento”, diz Carlos Carvalho.

Segundo o especialista, "por ano, são realizadas entre 70 a 100 rinoplastias, quer seja por traumatismo ou por motivos funcionais, na sua maioria devido a obstrução nasal". Em todas tem-se em atenção a componente funcional, mas também a estética:

“Os otorrinos são especialistas em nariz, logo seria muito redutor se nos dedicássemos apenas à correção funcional, deixando a estética para uma segunda intervenção, quando detemos o know-how.”


Ricardo Barroso Ribeiro e Carlos Carvalho

A apoiar Carlos Carvalho está Ricardo Barroso Ribeiro, especialista em ORL. Como menciona, “a principal preocupação dos doentes é o resultado final, ou seja, se ficam com um nariz natural e enquadrado na face”.

Dessa forma, são necessários alguns cuidados, como alerta. “Na avaliação perioperatória é preciso ter em atenção vários aspetos, tais como o tipo de pele, o género e a idade, entre outros.”

Os cuidados continuam no pós-operatório. “Por vezes, existem situações que exigem determinado seguimento por parte da equipa para que se consiga ter os melhores resultados, daí que seja uma mais-valia ter-se um corpo clínico que se dedica a esta área e que tem determinado know-how”, refere.

Questionado sobre as principais complicações pós-operatórias, o especialista aponta as infeções e os maus resultados ou complicações decorrentes da técnica cirúrgica: “Estas são as mais importantes, depois existem sempre as mais comuns, como as hemorragias.”

No curso, além de se ter dado a conhecer a experiência da Consulta de Rinoplastia do CHEDV, foram abordadas as diferentes técnicas cirúrgicas, assim como os pormenores aos quais se deve estar atento. “Nem sempre são abordados quando se fala em rinoplastia, mas fazem toda a diferença no resultado final, principalmente para quem está a iniciar-se na prática clínica”, assegura Ricardo Barroso Ribeiro.


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