Conjunção de esforços traduz-se numa melhor reabilitação
Reabilitar implica investigar e intervir, mas para isso é necessário que haja verbas suficientes. “Compreende-se que deva existir eficiência, mas se os cortes na investigação forem acentuados, a reabilitação dos doentes pode ser posta em causa”, refere Catarina Aguiar Branco, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR), em declarações à Just News.
As palavras surgem à margem da sessão de abertura das Jornadas Internacionais do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), que decorrem, até sábado, sob o lema: "Intervir + Investigar = Reabilitar".
Foi também de financiamento que falou Helena Lopes da Costa, administradora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). “Apesar dos cortes, o CMRA faz milagres e continua-se a ajudar quem precisa de reabilitação e não tem dinheiro para o tratamento”.
Helena Lopes da Costa relembra que, “sem a boa vontade e a grande disponibilidade por parte dos mais diversos profissionais da instituição, muitos dos projetos não se teriam concretizado”. Uma realidade que deve dar ânimo a todos os que trabalham no CMRA, que é um centro de referência a nível nacional e internacional, segundo aquela responsável. E dá um exemplo: “Uma das doentes que tiveram acompanhamento no Centro era da África do Sul.”
No final da intervenção, fez ainda questão de deixar uma mensagem a todos os que trabalham no centro de reabilitação: “Os cortes na Saúde são uma constante, mas é preciso continuar a fazer um trabalho de qualidade, onde impere o empenho e o profissionalismo, para que se continue a ser uma instituição de referência.”
Maria de Jesus Rodrigues, a administradora e diretora clínica do centro, realçou o caráter inovador das jornadas. “Optámos por um tema vasto, que fosse ao encontro dos vários profissionais, já que o trabalho com os pacientes é desenvolvido de forma multidisciplinar.” Por outro lado, “é também a oportunidade de estabelecer uma ligação entre a prática clínica e a investigação”.
Presente na sessão de abertura esteve também o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto da Luz. O autarca destacou a importância que o município dá ao turismo em saúde e considerou que as boas práticas demonstradas em Alcoitão são um bom exemplo de como Cascais pode ser visto como um local turístico, onde existe uma sinergia entre turismo e saúde.
Podem ser consultadas aqui várias dezenas de fotografias das Jornadas Internacionais do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.
