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Cardiopneumologia: «O futuro passa pela autorregulação profissional. A bem dos utentes»

“Nos últimos anos assistimos a um ataque feroz às nossas competências por parte de ordens profissionais.” A queixa é de Nuno Costa, presidente da Associação Portuguesa de Cardiopneumologistas (APTEC), que falou na sessão de abertura do 26.º Congresso Português de Cardiopneumologia, que decorreu na sexta-feira e sábado.

“Pela Cardiopneumologia, Pelo Futuro!”

Com uma “adesão massiva” de mais de 650 participantes, o evento, que se realizou em formato online, contou com a participação, por vídeo, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, e teve como temática central “Pela Cardiopneumologia, Pelo Futuro!”.

Nuno Costa relembrou as questões “mais sensíveis” para este grupo profissional que procura há alguns anos um outro reconhecimento da sua profissão. “A APTEC, como membro integrante e fundador do Fórum de Tecnologias da Saúde, sempre defendeu o modelo de autorregulação profissional, assente nos princípios da equidade, autonomia, paridade, desenvolvimento e cooperação”, disse.

Desta forma, o responsável alertava para o facto de "as competências nesta área serem, por vezes, postas em prática por outros grupos profissionais".


Nuno Costa

“Vivemos um paradigma de exercício desregulado, esquecendo-nos que os mais afetados são os utentes e doentes, que deveriam ser protegidos.”

Nuno Costa apelou assim ao Governo que olhe para a necessidade de se dar outro reconhecimento a estes profissionais de saúde, face às necessidades quotidianas.

E garantiu: “Não baixamos os braços, porque a carência de recursos se agudiza de dia para dia. O ano 2020 foi extraordinariamente difícil e 2021 também, apesar da esperança da vacinação e da imunidade de grupo.”

O cardiopneumologista espera assim que, apesar da atual pandemia, se investa na "requalificação do parque tecnológico, na universalidade das plataformas informáticas, assim como no registo dos atos dos Cardiopneumologistas, no acesso à informação e na contratação de profissionais".



"O inestimável contributo dos cardiopneumologistas” 


Numa mensagem em vídeo, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde começou por realçar, por sua vez, “o crucial envolvimento” de todos os profissionais de saúde neste último ano de pandemia, destacando os cardiopneumologistas na realização de meios complementares de diagnóstico. Falou também do seu “inestimável contributo” na prevenção da doença e na promoção da saúde.



Em jeito de conclusão, garantiu que o Governo não está esquecido das reivindicações deste grupo profissional, que, frisou, “não passam por questões meramente remuneratórias, mas de garantir a hierarquização da carreira, com o respetivo reconhecimento interpares”.

O congresso contou com o apoio científico da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono, Associação Portuguesa de Sono, Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-torácica e Vascular, Sociedade Portuguesa de Pneumologia e Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral.


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