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Cardiologia: Prémio Garcia de Orta distingue trabalho de investigação sobre endocardite infeciosa

Um trabalho desenvolvido por elementos do Serviço de Cardiologia do Hospital Garcia de Orta (HGO), cujo diretor é o cardiologista Hélder Pereira, foi distinguido com o Prémio Garcia de Orta, que se destina a promover a investigação científica junto dos colaboradores do HGO.

A investigação, que além de Hélder Pereira, envolveu Ana Marques, Inês Cruz, Ana Luísa Broa, Daniel Caldeira e Isabel João, pretendia identificar quais os fatores preditores independentes de mortalidade hospitalar da endocardite infeciosa, estudando a população de doentes com esta patologia do HGO num período de 10 anos (2006-2015).



O prémio, no valor de 5 mil euros, que vai na sua 3.ª edição, foi entregue durante a sessão solene comemorativa do 25.º aniversário do HGO, que teve lugar no passado dia 16 de dezembro, tendo sido atribuído ex aequo ao trabalho desenvolvido no Serviço de Cardiologia e a outro que envolveu elementos do Serviço de Nefrologia do HGO, intitulado “Papel do rt-PA na prevenção da disfunção dos cateteres tunelizados de hemodiálise”.



O nome dos vencedores foi anunciado por Ana Jorge, presidente do Centro Garcia de Orta, na presença de Daniel Ferro, presidente do Conselho de Administração do HGO, e do júri (José Augusto Balão, Maria José Brito e Leonor Monteiro).

Segundo Hélder Pereira, a endocardite infeciosa é uma doença que, apesar dos avanços médicos, mantém uma elevada taxa de mortalidade e complicações, tendo sido este o ponto de partida para o desenvolvimento do trabalho premiado.

De entre os vários dados analisados, concluiu-se que os mais importantes fatores de risco se relacionaram com o estado clínico do doente, nomeadamente a evolução com insuficiência cardíaca e choque séptico, associado ao tratamento cirúrgico como fator protetor de mortalidade hospitalar.


Elementos do Serviço de Cardiologia que participaram na investigação: Ana Luísa Broa, Inês Cruz, Ana Marques, Isabel João e Hélder Pereira (ausente na foto: Daniel Caldeira).

Outra das conclusões foi que, ao identificar precocemente os pacientes de alto risco, podem ser antecipados procedimentos clínicos e terapêuticos mais agressivos (por exemplo, referenciação para cirurgia), no sentido de minimizar a taxa de mortalidade, que, no período estudado, se evidenciou no limite superior do intervalo descrito na literatura, situando-se a percentagem de doentes submetidos a cirurgia num patamar inferior.

Com isto, pretendeu-se “alertar os profissionais de saúde para a importância de uma avaliação clínica cuidadosa e referenciação cirúrgica atempada, no sentido de se melhorar probabilidade de sobrevivência dos doentes com esta patologia”.


Entrega dos prémios aos trabalhos desenvolvidos por elementos dos serviços de Cardiologia e de Nefrologia, representados, respetivamente, por Ana Marques e Rita Magriço.




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