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ACES Arrábida: Acreditação das duas primeiras USF «é um incentivo para outras unidades»

A USF Santiago de Palmela e a USF Luísa Todi são as duas primeiras unidades do ACES Arrábida a serem acreditadas. Em declarações à Just News, a diretora executiva do ACES, Bárbara Carvalho, considera ser “um incentivo para outras, quer sejam USF, UCSP, unidades de saúde pública e, eventualmente, unidade de cuidados na comunidade”.

Um passo importante para as duas USF e para o próprio ACES, segundo Bárbara Carvalho, mas que implicou um enorme empenho de todos. “Foi um processo muito complexo para as unidades, não é apenas o trabalho do diretor executivo, do Conselho Clínico e de Saúde ou da Unidade de Apoio à Gestão, mas das próprias unidades.”



Na prática, como mencionou, tratam-se de “processos morosos que implicam muita dedicação e trabalho de equipa, ou seja, foi necessário horas extras”.

A responsável relembrou que a candidatura ao processo de acreditação das duas USF se iniciou ainda com o anterior diretor executivo, Pedro Lopes, que é atualmente presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo. “O nosso papel é, sobretudo, apoiar as unidades no que precisam quer da parte do ACES como da administração regional de saúde, com quem fazemos a ponte”, observou.

“Uma sensação de ter valido a pena o esforço”

Para António Dias, coordenador da USF Santiago de Palmela, em Palmela, foi uma “excelente notícia”. Como recordou, o processo de candidatura iniciou-se no primeiro trimestre de 2016 e foi recebida com “um sentimento de extrema alegria, com uma sensação de ter valido a pena o esforço de toda a equipa”.

Questionado sobre os pontos positivos de um processo de acreditação, elenca vários. Começou por destacar a discussão intra e interpares de uma forma sustentada, assim como a melhoria dos aspetos relacionados com a dinâmica da equipa.

Mas não se ficou por aí. “Permitiu a realização de novos fluxogramas de atuação e a otimização dos já existentes, uniformizou formas de atuação de diferentes profissionais, a atualização em diversas temáticas assim como uma melhor perceção sobre as capacidades/competências de cada elemento da equipa”, enumerou.

Outros foram a otimização da organização dos processos de gestão, assistenciais e considerados de suporte e o facto de a equipa ter ficado mais alerta para a importância da monitorização de procedimentos e de se ter facilitado o levantamento das áreas a mudar, como a do atendimento, o espaço infantil e os canais de comunicação com os utentes (criação de website e aquisição de quiosque multimédia).

Mas também houve alguns aspetos negativos, na opinião de António Dias. “Deparámo-nos com a necessidade de abordar questões legais, sem o apoio jurídico adequado, nem sempre tivemos uma resposta satisfatória e atempada quando foi necessário envolver profissionais externos e a sobrecarga de trabalho prejudicou a vida pessoal de todos os profissionais”, indicou.

No futuro, o coordenador da USF Santiago de Palmela pretende, a médio prazo, manter este nível de acreditação e, a longo prazo, avançar para o patamar seguinte deste processo. Objetivos que têm uma única razão. “Todo o esforço empreendido tem no horizonte a otimização da prestação de cuidados aos utentes e a sua satisfação.”


Ascenção Guerreiro, Bárbara Carvalho e António Dias

"Olhar para o cidadão como estando no centro do sistema”

Quem também recebeu a boa notícia da acreditação foi Ascensão Guerreiro, coordenadora da USF Luísa Todi, em Setúbal, tendo comemorado com um jantar de equipa.

Os pontos positivos que mais destacou, ao longo do processo, foram “a cultura de melhoria da qualidade, envolvendo ativamente todos os profissionais, a uniformização de procedimentos, a segurança dos mesmos e o facto de se olhar para o cidadão como estando no centro do sistema”.

E continuou”: Há ainda a frisar o conhecimento e a adoção de orientações clínicas, diagnósticas e terapêuticas, a fidelidade dos registos e a gestão eficiente dos gastos com o objetivo de melhorar a prestação de cuidados aos utentes.” Quanto aos momentos mais negativos, Ascensão Guerreiro recordou as muitas horas de trabalho extra.

Na USF Luísa Todi acabaram assim por incrementar mudanças no atendimento administrativo, garantindo uma maior privacidade, além de que se melhorou a informação dada ao utente e o circuito de informação na gestão do equipamento (avarias e calibração).

No futuro, a equipa da USF quer dar continuidade ao processo de acreditação, preparando-se para a próxima auditoria que se irá realizar em abril de 2020.


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