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A urgência hospitalar também é «uma oportunidade de diagnóstico de VIH»

“O serviço de urgência é a ‘porta de entrada’ da maioria dos doentes no hospital e, por conseguinte, uma oportunidade de diagnóstico de VIH, desde que o clínico esteja alerta.” A afirmação é de Fátima Leal Seabra, membro da Comissão Organizadora do Curso de Infeção VIH para Internistas – Abordagem no Serviço de Urgência.

A formação, que decorreu em Évora, foi organizada pelo Núcleo de Internos de Medicina Interna (NIMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), com o apoio do Núcleo de Estudos da Doença VIH (NEDVIH) daquela Sociedade.

De acordo com a representante do NIMI no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, este curso, dirigido a internos de Medicina Interna, teve como principal objetivo facilitar o diagnóstico do VIH no serviço de urgência. “O VIH é uma doença crónica e é o internista que acaba por gerir o doente crónico e não apenas a situação aguda por si só”, justificou.

“O VIH não surge só nos indivíduos com estigmas sociais. Qualquer um pode ter o diagnóstico da infeção, que se prende com os sintomas mais banais, e só quando pensamos nessas situações é que conseguimos diagnosticá-las”, referiu, acrescentando que o diagnóstico pode ser feito tanto aos 90 anos como aos 18.



No curso, foram abordados os sintomas e sinais associados ao VIH (febre, adenopatias, queixas respiratórias, digestivas, neurológicas e cutâneas), noções básicas de terapêutica antirretroviral, interações medicamentosas e profilaxias pós-exposição. Houve tempo ainda para a apresentação de casos clínicos.

Fátima Leal Seabra aproveitou a oportunidade para agradecer ao NEDVIH, sobretudo ao seu coordenador, Telo Faria, e aos secretários Rosas Vieira (CH Gaia/Espinho) e Umbelina Caixas (CH Lisboa Central/H. S. José) pelo apoio prestado.

Apesar de inicialmente terem sido estipuladas 30 vagas para inscrições, a verdade é que este curso acabou por reunir 47 participantes.





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