A maioria dos diabéticos é tratada por internistas

Portugal tem cerca de um milhão de diabéticos e "a maioria é tratada por internistas", lembrou Manuel Teixeira Veríssimo, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), no âmbito de uma reunião extraordinária do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) da SPMI.

Segundo aquele responsável, que presidiu ao evento, a diabetes é um tema muito relevante para a sociedade portuguesa, particularmente para a Medicina e para a Medicina Interna, sendo, por isso, muito importante que se façam estas reuniões para tratar um assunto que “faz parte do dia a dia dos internistas”.

Com o objetivo de debater a importância da “variabilidade glicémica” no controlo da diabetes, foram abordadas questões como a variação glicémica na pessoa idosa, a sua importância no risco vascular, assim como o interesse de ações como esta na formação em MI e para os futuros internistas.

O evento foi moderado por Abílio Vilas-Boas e, além do NEDM, envolveu outros núcleos da SPMI, nomeadamente, o Núcleo de Estudos de Geriatria (GERMI), o Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC), o Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna (NEFMI) e o Núcleo de Internos (NIMI).

Em declarações à Just News, Álvaro Coelho, coordenador do NEDM, mencionou que “a forma de conduzir a própria diabetes, com mais ou menos oscilação, tem um impacto a vários níveis”, nomeadamente no que toca às doenças vasculares e à evolução da idade.

De acordo com o coordenador do NEDM, o controlo da VG é fundamental para prevenir o risco cardiovascular, em particular no doente idoso e com comorbilidades, sendo por isso fundamental a troca de experiências entre internistas com diferentes áreas de especialização, como é o caso do AVC ou da Geriatria.

Álvaro Coelho lembrou ainda que a diabetes “é uma doença crónica e sistémica, que coloca em causa a qualidade de vida, exigindo cuidados globais e interdisciplinares de forma contínua”.

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