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A diabetes «interfere com quase todas as outras patologias»

Para Álvaro Coelho, coordenador do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), é importante apostar na eficaz implementação das unidades coordenadoras funcionais da diabetes. Considera igualmente imprescindível o investimento na prevenção, na promoção de estilos de vida saudáveis e do diagnóstico precoce, com foco na formação e educação para a saúde da população.

Em entrevista à Just News, Álvaro Coelho afirma que a diabetes é uma entidade sobre a qual há ainda muito por conhecer "e que interfere com quase todas as outras patologias", e dá alguns exemplos: "Uma pessoa com diabetes pode ser atropelada, pode ter necessidade de fazer uma cirurgia, pode engravidar ou ter uma série de doenças e o internista é o médico de excelência do doente no hospital, não excluindo, antes pelo contrário, relevando o respeito pela importante participação das diversas especialidades, no processo assistencial."



A diabetes é uma doença "conceptualmente do currículo da Medicina Interna"

Quanto ao núcleo que coordena, Álvaro Coelho refere que, além das reuniões que realizam por todo o país, "temos uma participação com atividades conjuntas com outros núcleos da SPMI, com outras sociedades científicas e pretendemos continuar com a já forte colaboração com a Medicina Geral e Familiar". Acrescenta ainda a vontade de manter a "fácil relação com outras classes profissionais ligadas à saúde, como os enfermeiros, os nutricionistas e os dietistas, os assistentes sociais e os podologistas".

No que diz respeito ao futuro do NEDM, passa por promover, "tanto quanto possível, a formação em diabetes e a divulgação da atividade dos internistas nesta área", sendo "essencial salientar a importância desta especialidade e considerar que a diabetes é uma doença conceptualmente do currículo da Medicina Interna. E depois é preciso tentar colaborar com outras sociedades científicas nacionais e estrangeiras".

Questionado sobre como vê a intervenção dos internos, afirma que alguns "gostam particularmente da diabetes", mas que "todos a devem reconhecer como parte integrante do seu próprio programa formativo". E deixa o alerta: "Vão ter de confrontar-se com esta doença, pois, cerca de metade das pessoas a quem vão dedicar a sua atividade profissional são diabéticas. É conveniente e recomendo que saibam muito de diabetes, para poder tratar bem essa população."

Reunião anual da diabetes "para além da glicemia"

Relativamente à 10.ª Reunião do NEDM, que se realiza nos dias 9 e 10 de outubro, em Viseu, considera que "a expectativa é muito boa", até porque o evento "está a ser organizado num centro que é referência na área da assistência à Diabetologia por parte da Medicina Interna, com excelentes profissionais e com reconhecimento institucional."

Desta forma, e tendo como lema "A diabetes mellitus para além da glicemia", o responsável tem a certeza de que será "uma excelente reunião, onde se vai promover o conhecimento científico e a relação entre os internistas que se dedicam à diabetes". Sublinha o facto de se tratar de "um momento de formação, de encontro e de reflexão e, provavelmente, até de promoção de medidas, no sentido de otimizar as orientações e os recursos que são necessários para melhorar esta atividade."

O programa da reunião pode ser consultado aqui.



A entrevista completa com Álvaro Coelho será publicada no Jornal da 10.ª Reunião do NEDM, publicação distribuída aos participantes durante o encontro.


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