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Instituto Cardiovascular de Lisboa (ICVL) é referência na abordagem integrada da doença cardiovascular




Criado em 1999, o Instituto Cardiovascular de Lisboa (ICVL) é uma referência na abordagem global e integrada da doença cardiovascular. A sua atividade clínica tem sido dedicada, sobretudo, à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento médico e cirúrgico das doenças cardíacas e vasculares periféricas, com recurso aos mais modernos e adequados meios. Pioneirismo, inovação e experiência são três das palavras que melhor caracterizam o trabalho de excelência que desenvolve.

Sediado nas Torres de Lisboa, o ICVL conta com uma vasta equipa dirigida por José Fernandes e Fernandes, professor catedrático de Medicina e diretor do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Maria-CHLN, e por Fausto Pinto, professor catedrático de Medicina/Cardiologia da FMUL e diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital de Santa Maria-CHLN.

O projeto ICVL começou a desenvolver-se em 1997 e resultou da conjugação de objetivos e competências no âmbito da intervenção endovascular. Fausto Pinto regressara dos EUA, onde completara a formação avançada e especializada, com especial ênfase na intervenção endovascular, e José Fernandes e Fernandes iniciara, no início da década de 90, um programa estruturado de aplicação da tecnologia endovascular ao tratamento da doença arterial periférica.

Na opinião de ambos os especialistas, havia nessa época necessidade de criar uma instituição dedicada e vocacionada para uma abordagem global da doença cardiovascular no mesmo espaço geográfico, que potenciasse sinergias na utilização dos recursos, fosse user-friendly para os doentes e partilhasse tecnologia, nomeadamente no domínio endovascular.

Foi dessa forma que surgiu o conceito ICVL, que se integrou, em 1998, num projeto hospitalar novo e onde foi possível criar, no bloco operatório, uma sala dedicada à intervenção endovascular.

O ICVL consubstanciou, na data da sua constituição, o conceito moderno de uma Medicina centrada no doente, focada num sistema e praticada em multidisciplinaridade. O responsável pela área Cardiológica do Instituto, Fausto Pinto, salienta que “era preciso facilitar o encaminhamento dos doentes de uma forma complementar, permitindo o acesso a vários tipos de avaliações diagnósticas e terapêuticas, e cobrir, no seu conjunto, toda a parte cardiovascular, desde o mais simples eletrocardiograma até à cirurgia cardíaca e vascular convencionais e aos procedimentos endovasculares, proporcionando uma oferta terapêutica moderna e global das mais variadas patologias (cardíacas, vasculares e cardiovasculares)”.

A reportagem pode ser lida, na íntegra, em formato e-paper:


A experiência ao serviço do doente cardiovascular


A diferenciação do instituto assenta na constituição do seu corpo clínico, sendo a equipa médica composta por profissionais com uma vasta experiência hospitalar, nacional e internacional, que apresentam, também, vocação para a prática clínica em grupo e que detêm, simultaneamente, uma grande tradição na ligação à Universidade e a centros de investigação de prestígio à escala internacional, facto que se traduz na introdução de inovação diagnóstica e terapêutica.

Com o objetivo de proporcionar um tratamento integrado da patologia cardiovascular, a instituição dispõe de diversas especialidades médicas e cirúrgicas que se articulam. Além das duas especialidades nucleares da sua atuação clínica (Cardiologia e Cirurgia Vascular), o ICVL oferece um leque alargado de outras especialidades, na sua maioria complementares, como Medicina Interna (Vaz Carneiro), Diabetologia (João Vilela), Neurologia (Teresa Pinho e Melo), Gastrenterologia (Manuel Rosário), Pneumologia (Salvato Feijó), Nutrição (Alice Minnie Freudenthal), Pediatria (Maria do Rosário Cambournac Fernandes e Isabel Saraiva de Melo), Cirurgia Cardiotorácica (Ângelo Nobre), Psicologia (Maria Inês Resende e Teresa Paula Marques), Cirurgia Geral (José Paulo Freire), Cirurgia Plástica e Reconstrutiva (Ana Pinto), Urologia (Paulo Guimarães).


“Temos um grupo dedicado ao diagnóstico vascular não-invasivo, o qual é praticado por todos os especialistas e colaboradores. Temos um setor dedicado à circulação intracraniana, mediante utilização de Doppler Transcraniano, estudo da circulação oftálmica e reconhecimento de shunt cardíaco direito-esquerdo, técnicas realizadas pelo Dr. Paulo Batista”, adianta Fausto Pinto.

Além disso, há ainda uma equipa de enfermagem e um staff de apoio administrativo. De acordo com José Fernandes e Fernandes, a filosofia do ICVL foi sempre muito clara. “Um doente que entra no instituto com um problema cardiovascular tem obrigação de sair no primeiro dia com o diagnóstico e com uma orientação terapêutica. Estamos perfeitamente equipados para fazer o diagnóstico em regime ambulatório. Nos casos em que é necessária uma intervenção com internamento utilizamos as instalações do British Hospital.”

Para Fausto Pinto, “a integração de toda a abordagem diagnóstica e terapêutica em termos globais cardiovasculares num ambiente sofisticado e com um acesso rápido às tecnologias mais modernas e com profissionais altamente competentes e com credenciais nacionais e internacionais” fazem do ICVL uma instituição de referência.


O pioneirismo

Desde que foi criado, o ICVL foi pioneiro no desenvolvimento diagnóstico não invasivo de patologias cardiovasculares, bem como na implementação de técnicas endovasculares para o tratamento da doença aneurismática da aorta abdominal (aneurisma da aorta abdominal) e torácica (aorta torácica descendente).

“Na área de Angiologia e Cirurgia Vascular, há um grupo experiente e coeso, inicialmente constituído por mim e pelo Prof. Luís Mendes Pedro, que realizou parte substancial das investigações que conduziram ao seu doutoramento aqui no ICVL, e o Prof. Paulo Sousa, como técnico na Sala de Intervenção Endovascular, tendo-se associado posteriormente novos colaboradores, como a Dr.ª Ana Envangelista e o Dr. Ruy Fernandes”, indica José Fernandes e Fernandes.


No tocante à patologia vascular, o facto de o ICVL praticar com igual segurança cirurgia convencional e endovascular permite optar pela solução terapêutica mais indicada para cada caso individual. E isto é feito na doença arterial e na doença venosa dos membros inferiores: “Temos a capacidade de escolher a técnica mais adequada para cada situação clínica”, indica o responsável pela área da Cirurgia Vascular do ICVL, sublinhando que há informação objetiva ao doente, de modo a habilitá-lo a participar na decisão terapêutica.

Nesta vertente, há dois cirurgiões seniores – José Fernandes e Fernandes e Luís Mendes Pedro – e os especialistas Ruy Fernandes e Ana Evangelista. E, mais recentemente, dois colaboradores mais jovens (Luís Silvestre e Gonçalo Sousa). Na área da doença venosa, o instituto tem também competências para aplicar as técnicas de ablação endoluminal nas varizes. 

A instituição contribui, também, para o avanço do diagnóstico das doenças do coração, nomeadamente através de novas metodologias, como a ecocardiografia transesofágica, ultrassonografia tridimensional ou Doppler tecidular.

O ICVL atua em todas as áreas da Cardiologia – Cardiologia Clínica, Cardiologia de Intervenção e Arritmologia. Segundo Fausto Pinto, isso permite “uma cobertura global em termos cardiológicos e vasculares do doente com patologia cardiovascular”.

Na área da Cardiologia, há um conjunto de profissionais que colaboram com o instituto quer na abordagem dos doentes com a Cardiologia Clínica, quer na realização de exames de diagnóstico e terapêutica. Além de Fausto Pinto, integram a equipa Pedro Abreu Loureiro, Maria João Andrade, que se dedica particularmente às técnicas de ecocardiografia de sobrecarga, Teresa Gomes Mota, João de Sousa (Arritmologia), Mónica Mendes Pedro, António Fiarresga e Rui Anjos (Cardiologia Pediátrica).

Para o recurso a Imagiologia mais sofisticada, como tomografias computorizadas ou ressonâncias magnéticas, o ICVL recorre ao equipamento do British Hospital ou noutras instituições. De acordo com o responsável pela Cirurgia Vascular, o Instituto encontra-se agora numa nova fase. “Há uma nova geração que integra a equipa e assegura renovação e continuidade e há hoje uma articulação mais estreita com o British Hospital que não existia no passado. Estamos, pois, entusiasmados com o futuro.”



Aposta em inovação e conhecimento

 O ICVL afirma-se como uma referência em inovação e conhecimento nesta área da Medicina, apostando, de forma permanente, no conhecimento e investigação profunda das necessidades de diagnóstico e terapêuticas dos seus doentes, promovendo, internamente, a boa prática médica, para que se encontre sempre a melhor solução clínica para cada caso.

A dimensão académica tem sido também um objetivo. Várias investigações têm sido realizadas, dando origem a trabalhos científicos. Houve três teses  de doutoramento feitas com material do ICVL, uma da FMUL e duas do Instituto Superior Técnico, assim como diversas teses de mestrado. 

Uma das preocupações do ICVL é a permanente avaliação dos resultados. “Apresentamos sempre os nossos resultados e submetemo-los aos nossos pares, através de trabalhos científicos e conferencias”, refere José Fernandes e Fernandes.

Além disso, todos os anos, o ICVL, em conjunto com o Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Maria, realiza, em dezembro, uma reunião científica – Lisbon Vascular Forum –, com convidados estrangeiros, na qual se dá conta da atividade realizada. “Procuramos estar expostos ao mais elevado padrão de exigência técnica e científica na nossa atuação”, sublinha.


Efetivamente, o reconhecimento científico de José Fernandes e Fernandes e Fausto Pinto é indiscutível. Fausto Pinto é o atual presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia e José Fernandes e Fernandes foi presidente da Sociedade Europeia de Cirurgia Vascular, da União Internacional de Angiologia e membro honorário de várias sociedades científicas internacionais.




Reportagem publicada na edição de outubro/dezembro de LIVE Cardiovascular.

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