Linfedema e lipedema, das necessidades do doente às novas terapêuticas
A Associação Nacional de Doentes Linfáticos (ANDLinfa) vai realizar, dia 19 de janeiro, "sem tabus e com objetivos de alerta de saúde pública", uma sessão de esclarecimento e debate intitulada: "Linfedema e lipedema, das necessidades do doente às novas terapêuticas”. A ação tem o patrocínio da Medi e decorrerá no Hotel Villa Rica, em Lisboa, estando o início marcado para as 18h30.
Além da presidente da ANDLinfa, Manuela Lourenço Marques, que centrará a sua intervenção na importância dos doentes se unirem, no encontro participam vários profissionais de saúde. É o caso de José António Pereira Albino, cirurgião vascular, cuja palestra estará focada na questão: "A linfologia tem história em Portugal?".
O programa contempla a realização de uma mesa redonda sobre "Novos avanços no tratamento do linfedema e do lipedema". Na sessão, moderada pelos cirurgiões vasculares Luís Mota Capitão e José António Pereira Albino, participa o fisioterapeuta Nuno Duarte, que dissertará sobre “tratamento do linfedema secundário”, descrevendo a realidade portuguesa.
Ana Catarina Hadamitzky, coordenadora de um programa europeu para as doenças linfáticas, docente na European School of Lymphatic Diseases e especialista em cirurgia reconstrutiva e microcirurgia abordará as “perspetivas sobre o tratamento do Linfedema e do Lipedema no século XXI”.
Paralelamente à reunião, estará patente a exposição “Mulheres Guerreiras - exposição de fotografias”, de Tracy Richardson e Adelaide de Sousa, respetivamente, atriz e apresentadora.
Evitar "formas extremas da doença"
A propósito da iniciativa que a ANDLinfa promove dia 19 de janeiro, Manuela Lourenço Marques salienta que o linfedema é "uma doença crónica incapacitante que atinge os membros inferiores e superiores, mas também pode atingir qualquer parte do corpo, nomeadamente os órgãos genitais ou a cabeça".
Adianta que, em Portugal, estima-se que milhares de pessoas sofram, "sem saber, sintomas de uma doença que continua desconhecida e, por enquanto, com hipóteses de tratamento confinadas aos serviços dos IPO".
Uma vez que se trata de "uma doença dolorosa, com marcada repercussão social, com diagnósticos e terapias que as autoridades de saúde teimam em ignorar", a presidente da ANDLinfa considera "urgente passar a mensagem de que quem padece de linfedema sofrerá uma mudança radical de vida".
Contudo, não tem dúvidas de que, "ainda mais importante", é passar a mensagem de que é possível "lutar por uma maior qualidade de vida e evitar, a tempo e com terapêuticas corretas, formas extremas da doença. No limite, evitar a mesa de operações, com todos os custos inerentes a esta solução."
Inscrição:
A inscrição é gratuita, podendo ser efetuada online aqui. O evento está aberto a todas as pessoas interessadas no tema, quer profissionais de saúde, quer o público em geral.

