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Sociedade de Medicina Interna já é entidade formadora certificada: «Foi uma grande luta»

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) é, desde o final do ano passado, certificada pela DGERT- Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, como entidade formadora.

Em declarações à Just News, Nuno Bernardino Vieira, coordenador do Núcleo de Estudo de Formação em Medicina Interna (NEFMI), afirma que esta conquista representa “um reconhecimento da qualidade e do crescimento do Centro de Formação em Medicina Interna (FORMI), entidade criada há cerca de cinco anos de forma a garantir a qualidade da atividade formativa desenvolvida pela Sociedade”.

De acordo com o assistente hospitalar de MI do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, que assumiu em dezembro a coordenação do FORMI, sucedendo a António Martins Baptista, o Centro tem tido um crescimento assinalável: “Começámos por organizar cerca de 10 cursos anuais presenciais. Para o ano, estamos a prever cerca de 30 cursos.”


Nuno Bernardino Vieira e Antonio Martins Baptista

“Sentimos a necessidade de um reconhecimento da qualidade e, por isso, avançou-se para o processo de certificação pela DGERT”, conta, salientando que a mesma possibilita também que todos os formandos possam usufruir de uma formação profissional oficial e legalmente reconhecida pelo Estado.

Por outro lado, permite ao FORMI concorrer para financiamento de fundos europeus ou privados para atividades formativas, o que, refere, “pode ser mais um catapultar do crescimento do Centro de Formação”.

“É um processo muito exigente"

Este reconhecimento acontece depois de serem ultrapassadas algumas etapas. “Foi uma grande luta”, admite Nuno Bernardino Vieira, referindo que, após uma primeira tentativa sem sucesso, "foram afinados alguns processos".

“Reformulámos processos, criámos normas, seguindo toda a metodologia que é reconhecida hoje em dia como a mais adequada para as atividades formativas e entregámos nova candidatura, que agora obteve resposta afirmativa da DGERT”, relata. E acrescenta:

“É um processo muito exigente, porque todos os cursos que são realizados por nós têm de seguir uma série de regras que asseguram a sua qualidade pedagógica.”



Entre os vários requisitos para se ser uma entidade formadora, Nuno Bernardino Vieira destaca o facto de, "pelo menos grande parte dos formadores ter de ter certificação pedagógica e de, em termos de gestão, a estrutura necessitar, obrigatoriamente, de ter um secretariado e ser profissionalizada".

Na sua opinião, não há qualquer dúvida. “Foi um grande esforço que a SPMI fez, mas estamos a ver frutos do reconhecimento a nível legal e científico da sua qualidade”, assegurando que o FORMI está numa trajetória de crescimento.


1.º CAMI

Entre os cursos até agora realizados, Nuno Bernardino Vieira destaca, pela novidade, o Curso de Atualização em Medicina Interna (CAMI), cuja primeira edição teve lugar no passado mês de novembro, que contou com mais de 200 participantes.

O Plano de Formação para 2019 trará mais novidades, entre as quais um primeiro curso na área da ecografia, em que a MI quer apostar, e um dedicado à Medicina Intensiva, sobretudo de preparação para aqueles que vão iniciar prática nessa área, bem como um curso dedicado ao AVC e outro à IC crónica.

Nuno Bernardino Vieira adianta ainda que a SPMI quer continuar também a apostar no desenvolvimento do elearning: "Até ao momento, foram organizados dois cursos seguindo esta metodologia, sendo objetivo candidatar a plataforma de elearning à certificação DGERT".


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