Recorrer ao rastreio pré-natal de aneuploidia «apenas nas grávidas de risco intermédio»

"Os testes de rastreio pré-natal de aneuploidia, nomeadamente da trissomia 21, só devem ser aplicados a grávidas de risco intermédio", refere Luís Graça, presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal (SPOMMF). As declarações foram prestadas no âmbito da Reunião Científica da SPOMMF, que decorreu na Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra.

Um dos temas que gerou mais debate foi o recurso ao teste pré-natal não invasivo (TPNI) no rastreio de aneuploidias. Para Luís Graça, "este é utilizado num número cada vez maior de gestantes, no entanto, a informação disponível para os clínicos e para as grávidas é geralmente omissa ou confusa no que respeita aos limites de fiabilidade”.

O responsável, na sessão de encerramento, destacou ainda “o combate que deve ser feito às cesarianas desnecessárias” e a importância de se auditar o número destas intervenções no privado. “Os números são claros, no privado fazem-se muitas cesarianas, são precisas auditorias para controlar esta situação.”

A reunião contou com a colaboração dos serviços de Obstetrícia A e B (Maternidade Daniel de Matos e Maternidade Bissaya Barreto), agora integradas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), e teve o patrocínio científico da Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia (FSPOG).

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