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Reabilitação cardíaca em Portugal dá «passos importantes»

Portugal pode ter passado dos 8 para os 15% no acesso a programas de reabilitação cardíaca (RC), segundo Ana Abreu, coordenadora do Programa de Reabilitação Cardiovascular do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN). A especialista falou à Just News à margem da Reunião de Reabilitação Cardíaca Ibero-Americana, que aconteceu, pela primeira vez, em Portugal, o mês passado, em Lisboa.

Ana Abreu, que integra o comité científico da Sociedade Iberoamericana de Prevenção e Reabilitação Cardíaca (SIPRERECA), a organizadora do evento, realçou “os passos importantes” que foram dados nos últimos tempos em Portugal nesta área.

“Conseguimos avançar, e apesar de ainda ser necessário muito trabalho, mesmo assim acredito que no inquérito que se realiza este ano sobre reabilitação cardíaca, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, empenhada nesta área, se vai demonstrar que já ultrapassámos os 8% de doentes com enfarte que têm acesso a estes programas. Podemos já ter chegado aos 15%, por isso estamos no bom caminho.”


Ana Abreu

Para este desenvolvimento, vários países têm também contado com o papel de Sociedades Científicas internacionais, como a SIPRERECA. “Esta Sociedade tem alertado para a relevância dos programas de reabilitação cardíaca, mas também estimula a sua implementação.”

E deu um exemplo: “No Equador, há um ano, não existia qualquer programa, e desde então, com o apoio de uma universidade e de um médico, conseguiu-se implementar o primeiro projeto. As universidades podem desempenhar um papel importante na divulgação e educação para os programas de reabilitação cardíaca. Também a Faculdade de Medicina de Lisboa contribui para a formação científica de profissionais de saúde vocacionados para a área de reabilitação cardíaca, através do Mestrado de Reabilitação Cardiovascular que iniciámos em 2018.”

A especialista referiu ainda que os programas de reabilitação cardíaca devem envolver sempre equipas multidisciplinares – médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos. E, além de bem apetrechados, devem ser acessíveis aos doentes.



Também presente na Reunião esteve Esteban Porrero, presidente da SIPRERECA, que relembrou: “A reabilitação cardíaca é uma estratégia de prevenção secundária fundamental na recuperação.”

O responsável fez ainda um balanço positivo do trabalho desenvolvido pela Sociedade e, falando sobre a realidade portuguesa, reconheceu avanços. “Tal como em Espanha, tem evoluído, apesar das melhorias que ainda são necessárias”, comentou.


Fausto Pinto

Na sessão de abertura da Reunião esteve presente Fausto Pinto, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e do Serviço de Cardiologia do CHULN, que salientou a importância de desenvolver e expandir uma rede de peritos na área da prevenção e reabilitação cardiovascular, que possam colaborar, a nível internacional, em projetos de investigação científica e em programas clínicos.



Além da SIPRERECA, a Reunião teve ainda como organizadores o Hospital de Santa Maria - CHULN, a Associação para a Investigação e Desenvolvimento da Faculdade de Medicina, o Departamento Coração e Vasos, a Faculdade de Medicina de Lisboa e o Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa.

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