Protocolo possibilita envio de profissionais de saúde do CHAA para a Guiné-Bissau
O Centro Hospitalar do Alto Ave (CHAA) assinou um protocolo de colaboração com o Instituto Marquês de Valle Flôr, que possibilita o envio de profissionais de saúde especializados para a Guiné-Bissau. O objetivo é contribuir para a melhoria da disponibilidade e qualidade dos cuidados de saúde naquele país, principalmente na área materno-infantil.
Em comunicado, o CHAA refere que "o protocolo aborda a partilha de princípios semelhantes em matéria de cooperação para o desenvolvimento e a vontade de apoiar a população da República da Guiné-Bissau". Desta forma, o Centro Hospitalar disponibiliza-se a apoiar o Instituto Marquês de Valle Flôr através da participação voluntária de profissionais de saúde, "valorizando particularmente as especialidades de cirurgia geral, obstetrícia-ginecologia, anestesiologia e de enfermagem do bloco operatório, entre outros profissionais, nas missões médicas de curta duração àquele país, em regime de comissão gratuita e sem prejuízo do regular e normal funcionamento da prestação de cuidados de saúde".
No documento pode ler-se que "ambas as entidades pretendem melhorar as condições de prestação de cuidados médicos especializados na Guiné-Bissau e a formação de médicos e técnicos Guineenses". É também recordado que o Instituto está a implementar, na Guiné-Bissau, o Projeto Integrado de Saúde Materno Infantil (PIMI) em quatro regiões da Guiné-Bissau, concretamente Biombo, Cacheu, Oio e Farim, em parceria com o Hospital de Cumura. Este projeto tem o apoio do Instituto Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo sido declarado pelo Ministério da Saúde de Portugal como projeto de interesse público.
A colaboração entre as duas entidades prevê, também, a realização de sessões de formação de recursos humanos guineenses e de campanhas de informação e educação para a saúde, assim como a doação de equipamentos fora de uso no Centro Hospitalar e de consumíveis médico-cirúrgicos, "sempre que possível e de acordo com as necessidades do projeto, de forma a potenciar a eficácia das missões e a superar algumas das faltas e necessidades em equipamentos e materiais na respetiva área de intervenção", refere o CHAA.