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Promover o debate e a troca de experiências ligadas às doenças crónicas não transmissíveis

O grande objetivo do IV Congresso Nacional de Saúde Pública, que vai decorrer nos dias 2 e 3 de outubro, no Fórum Lisboa, é juntar todos os especialistas que lidam com os problemas de Saúde Pública, nomeadamente, com as doenças crónicas não transmissíveis e também com as que são transmitidas por vetores.

Francisco George, diretor-geral da Saúde, explica, em declarações ao Jornal Médico, que, até ao momento, “tem sido desenvolvido um grande trabalho nestas áreas, mas adianta que ainda há um longo caminho para percorrer”.

Anualmente, surgem cerca de 60 mil novos casos de diabetes e inúmeros novos casos de doenças oncológicas e de AVC. “É preciso moldar a curva ascendente, que ainda está descontrolada, relativamente a algumas doenças crónicas, especificamente no caso da diabetes”, alerta o responsável.

Mas, para além da vertente epidemiológica, é de salientar que “as novas moléculas têm vindo a ser cada vez mais ´afinadas`, mas também são mais caras. Além disso, estão a aumentar a um ritmo superior à própria prevalência da doença”.

Quanto ao futuro, revela que “não é possível antecipar o que vai ocorrer, mas certamente que será muito exigente” porque, “por um lado, calcula-se que deverá haver um aumento da prevalência dos problemas crónicos e, por outro, um agravamento dos riscos ligados às doenças transmitidas por vetores”.

E acrescenta: “A DGS tem que perceber e compreender melhor estes problemas no plano epidemiológico e desenhar propostas de programas que visem, acima de tudo, reduzir estes problemas. No que diz respeito aos riscos que representam as doenças transmitidas por picadas de insetos, estas estão associadas fundamentalmente às alterações climáticas e ao aquecimento global.”


O programa provisório pode ser consultado aqui. O prazo para submissão de resumos foi alargado até dia 10 de agosto.

Francisco George refere que “a ideia essencial que está na base deste IV Congresso Nacional de Saúde Pública é promover o debate e a troca de experiências ligadas às doenças crónicas não transmissíveis, como é o caso do cancro, da diabetes e das doenças cérebro e cardiovasculares. No segundo dia do congresso, há um debate sobre as doenças de transmissão vetorial, ou seja, as que são transmitidas através da picada de insetos artrópodes, em regra, mosquitos”.

O congresso, que reunirá cerca de 700 especialistas em Saúde Pública, médicos ou não, proporcionará um fórum adequado para se discutirem estes desafios.


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