Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil: intervir na vigilância da saúde das crianças

"Do desenvolvimento ao bem-estar: Evolução dos direitos da criança" foi o tema da reunião organizada pelo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (PNSIJ) da Direção-Geral da Saúde, no âmbito do Dia da Criança. Bárbara Menezes, enfermeira, coordenadora do PNSIJ e responsável pelo evento, afirma que o objetivo foi promover a reflexão sobre os 25 anos da Convenção dos Direitos da Criança e os 50 anos do Programa Nacional de Vacinação, que se comemoram este ano, e ainda sobre os conteúdos do próprio programa.



"Necessitamos estabelecer redes de conhecimento com as sociedades científicas, com a academia e com os peritos, para que possamos refletir sobre os resultados obtidos a nível da vigilância da saúde das crianças e propor ou não alterações nas intervenções que estamos a fazer junto das mesmas", explicou, em declarações à Just News.

Segundo disse, o Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil pretende também ser formador dos profissionais dos cuidados de saúde primários, médicos e enfermeiros, que vigiam as crianças.

De acordo com Bárbara Menezes, os principais problemas identificados pelo programa, no qual foi também inserida a avaliação do risco familiar, foram as perturbações emocionais e do comportamento, o excesso de peso e as perturbações do comportamento alimentar.

“Temos cerca de seis mil situações de potencial risco de conflitos familiares, que são acompanhadas pelas equipas de família do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil”, avançou. E desenvolveu: “Essas são áreas de intervenção prioritárias, tendo sempre como objetivo o empowerment dos pais e o desenvolvimento das suas capacidades parentais para que consigam ultrapassar essas dificuldades.”

Tal como explica, o que se pretende é que, através dos cuidados antecipatórios, cada vez mais se dê esse poder aos pais e se consiga produzir mudança a nível dos comportamentos, para que possam desenvolver melhor as suas capacidades parentais e promover a saúde das suas crianças.



Além da participação, na sessão de abertura, de Manuela Peleteiro, diretora executiva do ACES Lisboa Norte, Francisco George, diretor-geral da Saúde, e de Paulo Macedo, ministro da Saúde, a reunião promovida pelo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil contou com a intervenção de diversos oradores. Foi o caso, nomeadamente, de Maria do Céu Machado, diretora do Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar Lisboa Norte, e Teresa Bandeira, presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, que abordaram, respetivamente, os temas: "Futuro para os Cuidados de Saúde Infantil e Juvenil" e "Indicadores em Saúde Infantil e Juvenil : Evolução estratégica baseada na evidência".

O programa, com a lista completa dos intervenientes, pode ser consultado aqui.

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