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Portugueses são dos que mais sofrem na europa de stresse profissional

O estudo pan-europeu sobre a segurança e a saúde no trabalho, realizado em 31 países pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA), revela que os cidadãos europeus apontam o número de horas, o volume de trabalho, e a insegurança como as maiores causas de stresse no trabalho, (41%), sendo que as mulheres são as que se sentem mais afetadas (45%).
 
Mais de metade dos trabalhadores europeus (51%) considera habitual o stresse no seu local de trabalho e, quatro (4) em cada 10 profissionais, afirmam que o stresse não é corretamente abordado na sua organização. A falta de apoio por parte de colegas e chefias (33%), comportamentos negativos como o bullying ou assédio moral (23%), a falta de clareza sobre funções e responsabilidades (21%) e limites à gestão do seu próprio trabalho (16%) são também apontadas como causas de stresse no local de trabalho.
 
Os portugueses estão entre os europeus que mais sofrem de stresse laboral (59%), sendo ultrapassados pelos cipriotas (88%), gregos (82%), eslovenos (72%), malteses e eslovacos (ambos com 62%) e os holandeses (60%). Já os trabalhadores no Liechtenstein são os que referiram menos problemas no seu local de trabalho. Naquele país, 3,5 em cada 10 cidadãos consideram ser comum a ocorrência de situações que provoquem stresse.
 
A maioria dos trabalhadores europeus (63%) considera que a gestão de stresse no seu local de trabalho é bem gerida. Os homens possuem uma opinião mais positiva (65%) do que as mulheres (59%) quanto à gestão eficaz de situações negativas no emprego. Portugal segue esta tendência, com 63% dos portugueses inquiridos a responder afirmativamente. No sentido oposto, os espanhóis e os búlgaros são os europeus com mais queixas, com 56% e 49%, respetivamente, a afirmar que situações geradoras de stresse são mal orientadas.

Este estudo insere-se na Campanha Europeia "Locais de trabalho saudáveis contribuem para a gestão do stresse", apresentado em Portugal pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e a EU-OSHA. A Campanha procura mostrar a melhor forma de lidar com o stresse e os riscos psicossociais no local de trabalho, através da promoção e adoção de ferramentas simples, que podem ajudar as organizações a gerir mais eficazmente esses riscos.

Atualmente, o stresse é o segundo problema profissional mais frequente entre os trabalhadores europeus (logo a seguir às doenças musculoesqueléticas), sendo responsável por 50 a 60% das faltas ao trabalho.

Para a concretização deste estudo foram entrevistados perto de 17 mil cidadãos com mais de 18 anos nos 28 países da União Europeia (UE), na Noruega, na Islândia, no Liechtenstein e na Suíça. Em Portugal, a amostra é composta por 502 entrevistas, realizadas entre novembro e dezembro de 2012. A margem de erro da amostra nacional situa-se entre os 2,8% e os 4,4%. 

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