Portugal regista 160 novos casos de diabetes por dia

Em 2013, surgiram 160 novos casos de diabetes por dia, sendo que, na população portuguesa com idade compreendida entre os 20 e os 79 anos, a sua prevalência estimada aumentou para 13%, ou seja, neste grupo etário, mais de um milhão de portugueses sofre da doença. Segundo José Luís Medina, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, os dados, que constam do relatório “Diabetes: Factos e Números”, do Observatório Nacional da Diabetes, traduzem o quadro real do que se passa com a doença em Portugal.

“Infelizmente, a prevalência total da diabetes continua a aumentar. A conclusão que tiramos é que é necessário apostar com rigor e determinação na sua prevenção e diagnóstico precoces, criando condições que permitam à comunidade ter um melhor conhecimento da diabetes, de modo a operar estilos de vida saudáveis”, referiu, na abertura da sessão de apresentação do relatório.

Destes 13%, 7,3% correspondem à diabetes diagnosticada e 5,7% à não diagnosticada. A doença é mais prevalente nos homens (15,6%) do que nas mulheres (10,7%).

Há uma relação entre a diabetes e o índice de massa corporal (IMC), isto é, a prevalência nas pessoas obesas é cerca de quatro vezes maior do que nas com um IMC normal (IMC < 25).

Em 2013, foram detetados 18,2 novos casos por cada 100 mil jovens, com idade compreendida entre os 0 e os 14 anos, valor bastante superior ao registado em 2004. Os dados foram apresentados por Luís Gardete Correia, presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), e José Manuel Boavida, diretor do Programa Nacional para a Diabetes.

A sessão de apresentação do relatório “Diabetes: Factos e Números” contou, ainda, com a participação de Fernando Leal da Costa, secretário de Estado adjunto da Saúde, que avançou a intenção do Ministério da Saúde em fazer uma revisão dos rótulos dos alimentos, para que fiquem mais claros para o consumidor os casos em que os produtos são nocivos, devido ao excesso de açúcar ou sal.

Estiveram, também, presentes Francisco George, diretor-geral da Saúde, e Valentina Mendes, ministra da Saúde da Guiné-Bissau.

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