Paulo Macedo reconhece o esforço da indústria farmacêutica na sustentabilidade do SNS

A indústria farmacêutica tem feito um esforço, conjuntamente com o Ministério da Saúde, para se conseguir mais sustentabilidade e equidade no Serviço Nacional de Saúde (SNS), admitiu Paulo Macedo, que esteve presente na última conferência do ciclo “Saber Investir, Saber Inovar 2014”, promovido pela Apifarma.

O custo-efetividade dos medicamentos inovadores foi também uma das temáticas abordadas pelo ministro da Saúde nesta quarta conferência, dedicada ao tema “Financiamento: Investir na equidade e na sustentabilidade”.

Para Paulo Macedo, o Estado tem apostado nos medicamentos inovadores, apesar da crise: “São fármacos muito importantes para os doentes e, apesar da atual conjuntura, já foram aprovadas, desde 2011, 105 novas moléculas.” E acrescenta: ”Em 2013, investiu-se 119 milhões de euros, valor que já foi ultrapassado, em agosto deste ano.”

O ministro diz que reconhece o esforço da indústria farmacêutica, no que diz respeito aos cortes sofridos no setor do medicamento, mas garante que “não foram cegos”. “Foi desta forma que se conseguiu a sustentabilidade do SNS e a sua equidade, na medida em que os encargos não deviam ser iguais para a indústria farmacêutica, cidadãos e outros atores.”

Paulo Macedo referiu ainda que, na análise da sustentabilidade, deve ter-se em conta “as condições não financeiras, que também contribuem para a coesão social e equidade”.

João Almeida Lopes, presidente da Apifarma, alertou para a necessidade de se encontrarem “estratégias e ações inovadoras, que devem ser pensadas, partilhadas e discutidas, para não se afetar a qualidade dos cuidados de saúde e aumentar as desigualdades”. No seu entender, deve apostar-se num paradigma de corte na despesa que se baseie em “alterações graduais de procedimentos que sejam monitorizados, de forma a garantir que o SNS mantenha os bons resultados que tem conseguido nos últimos 35 anos”.


Relativamente ao financiamento do SNS, também concorda que deve assentar em dois pilares essenciais: sustentabilidade e equidade. “Só assim se consegue prestar os melhores cuidados de saúde aos cidadãos”, frisou.

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