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MosquitoWEB ajuda a controlar aparecimento de doenças graves

MosquitoWEB é o nome do novo projeto do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, que permite ajudar a detetar a presença de espécies exóticas de mosquitos, que poderão transmitir doenças graves à população portuguesa. Esta informação faz parte de um jornal que foi distribuído gratuitamente durante o dia de hoje, sábado, a milhares de clientes dos hipermercados Jumbo, e que alerta para a importância da prevenção das doenças transmissíveis por mosquitos.

O objetivo de MosquitoWEB é permitir, através de uma uma plataforma informática (mosquitoweb.pt), que qualquer pessoa possa reportar ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) o aparecimento de mosquitos na zona onde vive, podendo até mesmo “capturá-los” e enviá-los, de forma gratuita, por correio, para que seja analisado.

“A experiência diz-nos que o primeiro sinal de alerta da existência de uma espécie nova na nossa região é dado pela população e que é após recebermos essa informação que avaliamos a densidade da população de mosquitos”, explica Carla Sousa, bióloga e entomologista da Unidade de Parasitologia Médica do IHMT, referindo que, contudo, nessa altura, pode já ser tarde e haver já uma população de mosquitos estabelecida.

E salienta: “Um dos grandes objetivos deste site é ajudar-nos a detetar a presença de uma espécie exótica precocemente, tentando evitar que os insetos se instalem permanentemente no nosso território.”

Portugal tem um programa de vigilância de vetores, coordenado pela Direção-Geral da Saúde, direcionado, sobretudo, para as áreas de entrada, como aeroportos e portos. Porém, segundo indica, estas áreas nem sempre coincidem com as de instalação destes insetos.
Outro objetivo do mosquitoWEB é poder fazer a atualização dos dados em relação aos mosquitos locais, tanto a nível da sua atividade como da distribuição geográfica.

Os dados fornecidos através deste site vão permitir aos profissionais do IHMT atualizar o mapa de distribuição de espécies e, assim, confirmar se algumas delas estão, de facto, a aumentar a sua área de expressão e a sua densidade.

Portugal na rota dos mosquitos invasores

Apesar de não sermos muito afetados por doenças de transmissão local, Portugal encontra-se na rota dos mosquitos invasores, sobretudo de duas espécies capazes de transmitir doenças como a dengue ou a febre-amarela: o mosquito tigre (Aedes albopictus) e o mosquito da febre-amarela (Aedes aegypti).

“Fomos uma área endémica para a malária, até cerca de meados do século passado, e tivemos já registados vários surtos de outra arbovirose, a febre do Nilo Ocidental, que provocou uma enorme epidemia nos EUA, há uns anos. Além disso, tivemos recentemente, em 2012, um surto de dengue na Ilha da Madeira e temos alguma proximidade com o mosquito-tigre, que se encontra em Espanha, na Catalunha, e em outros países europeus”, lembra Carla Sousa, salientando que é muito importante monitorizar a presença destes mosquitos no nosso país.


Antes de viajar para um destino tropical, informe-se sobre os principais cuidados a ter:

Consulta do Viajante do IHMT: +351 213 652 630, medicina.viagens@ihmt.unl.pt

 


A ação de informação e sensibilização que decorreu durante o dia de hoje, e que alertou milhares de portugueses para a importância da prevenção das doenças transmissíveis por mosquitos, teve o apoio do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) e do Grupo Auchan e o patrocínio da Medinfar.

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