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Médicos de família têm de ser apaixonados pela sua profissão

Os internos e os jovens médicos de família têm de ser apaixonados pela sua profissão, colocando-se no lugar do utente. Só assim conseguem fazer a diferença nas suas consultas, transmitindo confiança ao doente. Esta foi a principal mensagem transmitida por João Sequeira Carlos, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), aos internos e jovens médicos de família.

Foi desta forma que o presidente da APMGF se dirigiu a quem participou no 13.º Encontro Nacional de Internos e Jovens Médicos de Família, que decorreu na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril. Logo na sessão de abertura, alertou para os desafios da profissão. “O futuro não se prevê fácil, mas o segredo está no compromisso e no empenho que devemos ter com os nossos utentes. Devemos transmitir confiança.”

Em declarações à Just News, João Sequeira Carlos relembrou outro problema que pode pôr em causa a formação dos internos. “Nos últimos anos, foram abertas várias vagas para Medicina, o que pode dificultar a ingressão no Internato.” Contudo, para o responsável, um facto é certo: ser médico de família é cada vez mais importante nas sociedades, como a portuguesa, onde há mais famílias a recorrer ao Serviço Nacional de Saúde.

O mesmo pensa Job Metsemakers, presidente europeu da World Family Doctors, Caring for People (WONCA). “A pobreza está a aumentar e os mais jovens têm de ter noção desta realidade, porque as pessoas precisam do seu empenho e dedicação”, disse à Just News. O especialista realçou ainda a importância de “se aprender e com gosto”, para se prestar um melhor atendimento e acompanhamento.

Luís Pisco, vice-presidente do Conselho Diretivo da ARS Lisboa e Vale do Tejo, frisou que os internos e os jovens médicos de família devem apostar bastante na formação, porque “a população está envelhecida e surgem cada vez mais casos de utentes com multipatologias”.

A sessão de abertura terminou de uma forma diferente. Jorge Araújo, treinador profissional de basquetebol, foi convidado para demonstrar como é necessário saber lidar com as emoções, quer se esteja em campo ou no consultório. ”No desporto, temos de saber gerir os conflitos e evitar ter medo das emoções. O mesmo acontece na MGF, onde se acompanha o histórico clínico das famílias.” E acrescentou: “Não tenham receio de arriscar e fazer algo de novo, só assim se consegue avançar no futuro.”



Podem ser consultadas várias fotografias do 13.º Encontro Nacional de Internos e Jovens Médicos de Família aqui.

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