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Internistas e médicos de família discutiram gestão do doente crónico

Foi sob o lema “Tratando o agudo, gerindo o crónico” que a segunda edição do Encontro de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE) reuniu cerca de 200 participantes, sobretudo internistas e médicos de família. Segundo Vítor Paixão Dias, seu presidente, a iniciativa, que em 2014 superou as expectativas, ao dobrar o número de inscrições do ano anterior, tem como objetivo garantir a continuidade dos cuidados ao doente, que deixam o hospital e passam para os CSP.

“Há ainda muito por fazer no que respeita à articulação entre especialidades. É evidente que se têm tomado, ultimamente, algumas medidas nesse sentido, sobretudo com a criação da plataforma digital da saúde, que permite a melhoria do contacto entre os vários especialistas envolvidos. Porém, muitas vezes, nada substitui o contacto que é feito de forma direta entre os médicos que acompanham os doentes”, referiu à Just News Vítor Paixão Dias, durante a realização do encontro, que teve lugar em Sandim.

Para o presidente do II Encontro de Medicina Interna do CHVNGE, existe a necessidade de se manter esse elo, sendo também este um dos objetivos da iniciativa. Até porque a figura do doente crónico é, cada vez mais, uma realidade indiscutível.

“Não é fácil gerir o doente idoso e frágil pelas suas comorbilidades. Os médicos que têm uma visão holística dos indivíduos, isto é, os especialistas em Medicina Interna e também em Medicina Geral e Familiar, são os mais capazes de lidar com estes casos”, salientou Vítor Paixão Dias, acrescentando ser importante que se partilhem saberes, de forma a perceber quais as melhores estratégias a aplicar.

Relativamente ao tema da conferência inaugural, “Medicina personalizada”, o diretor do Serviço de Medicina Interna do CHVNGE afirmou que “estamos já, de uma maneira geral, a viver um período de transição da Medicina baseada na evidência para a personalizada, onde a qualidade do serviço prestado, a farmacogenética e o acesso a redes de informação vão ter um papel fulcral.”

O encontro deu ainda particular destaque à hipertensão arterial e ao acidente vascular cerebral. Além disso, os presentes tiveram oportunidade de participar em três cursos, sobre hipertensão arterial, insulinoterapia e imagiologia prática. Vítor Paixão Dias fez um balanço positivo dos mesmos, indicando terem sido muito participados, sobretudo por internos de Medicina Interna e Medicina Geral e Familiar, tendo cumprido os objetivos propostos para estas mesmas ações de formação.

No final do encontro, foi atribuída uma menção honrosa ao trabalho intitulado “Avaliação de doentes com cateter urinário no Serviço de Medicina”, realizado na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo – Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, e cuja primeira autora foi Ana Luísa Oliveira.

Ao trabalho com o tema “Pancreatite aguda por hipertriglicemia”, cuja primeira autora foi Ana Luísa Barbosa, do Serviço de Medicina do CHVNGE, seria entregue o Prémio de Melhor Poster.


Podem ser consultadas mais fotos do II Encontro de Medicina Interna do CHVNGE aqui.

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