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Insuficiência cardíaca: Francisco George alerta ter sido causa direta de 4808 óbitos em 2015

Em 2015, registaram-se 4808 óbitos cuja causa direta foi a insuficiência cardíaca, salientou Francisco George, ao intervir no simpósio “Hipertensão arterial e insuficiência cardíaca – Estado da arte 2017”. O diretor-geral da Saúde falou do impacto desta doença, que “é um grave problema de Saúde Pública”, na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL).

Francisco George relembrou, na cerimónia de abertura, que a insuficiência cardíaca é o endpoint de muitos problemas do foro cardíaco, realçando que esta e outras doenças cardíacas continuam a matar, mas, sobretudo, a diminuir os anos de vida sem incapacidade.

Apesar do problema, o diretor-geral da Saúde salientou que já foram dados alguns passos. “Ainda é preocupante, mas, em termos epidemiológicos, diminuímos a taxa de mortalidade precoce por doenças cardiovasculares, isto é, antes dos 70 anos.” Mas, continuou, “não se pode esquecer o elevado grau de incapacidade que podem provocar”.



O responsável realçou também a importância de se apostar na prevenção, demonstrando o peso de cada fator de risco destas patologias, entre os quais se destaca a hipertensão.

Fazer investigação com dados "atualizados em tempo real"

Francisco George falou ainda do impacto das doenças crónicas não transmissíveis, que se devem, sobretudo, a estilos de vida menos corretos. “O burden ou peso destas doenças é de 86%, contribuindo para o aumento da morte prematura antes dos 70 anos”, disse.



Perante uma sala cheia de profissionais de saúde, o responsável deixou um apelo. “Hoje em dia, está à vossa disposição o SICO (Sistema de Informação dos Certificados de Óbito) e o SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), o que permite iniciar trabalhos de investigação com dados portugueses e atualizados em tempo real.”

A cerimónia de abertura contou com a presença de Carlos Martins, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), Fausto Pinto, diretor da FMUL, e Luiz Menezes Falcão, cardiologista do Departamento de Medicina do CHLN e coordenador do simpósio.



Carlos Martins fez questão de salientar que este tipo de eventos “são momentos de extrema importância para a instituição”. Neste início de um novo ano, o responsável apontou o balanço positivo das atividades decorridas na instituição, que engloba o CHLN, a FMUL e o Instituto de Medicina Molecular (IMM).

“Construímos novos desafios e conseguimos resultados fantásticos. Tivemos, inclusive, a menor taxa de mortalidade da última década”, frisou.

O diretor da FMUL, Fausto Pinto, sublinhou, por sua vez, a necessidade de se continuar a apostar no combate às doenças cardiovasculares, “uma pandemia mundial, com um enorme impacto clínico e social”.

Luiz Menezes Falcão também relembrou as consequências deste tipo de patologias “com graves consequências, o que exige uma contínua aposta na procura de soluções”.


Francisco George, Carlos Martins, Fausto Pinto e Luiz Menezes Falcão.




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