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Estudo revela o impacto da fibrilhação auricular em Portugal

O estudo sobre a "Carga e Custo da Fibrilhação Auricular em Portugal", realizado pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE), da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e pelo Centro de Estudos Aplicados, da Católica Lisbon School of Business and Economics, que tem por base o ano de 2010, estima os custos da fibrilhação auricular (FA) em Portugal em € 140,7 milhões, cerca de 1% de todas as despesas de saúde em 2010. Este valor representa quase 0,1% do PIB de 2010.

De acordo com a análise feita, o total estimado de custos diretos do sistema de saúde, a preços de 2013, atribuíveis à FA é de € 115 milhões, dos quais €34 milhões em internamento e € 81 milhões em ambulatório. Os custos indiretos, gerados pelo valor económico da produção perdida resultante da incapacidade gerada pela doença, calculam-se em € 25 milhões.

Na avaliação efectuada, a FA foi a causa de cerca de 4% do total das mortes em Portugal em 2010. No total, a carga da doença atribuível à FA estima-se em 23.084 anos de vida perdidos ajustados pela incapacidade (DALY), medida de tempo que avaliou a quantidade de saúde perdida devido à doença ou à morte prematura. Os DALY decorrentes das mortes prematuras causadas pela FA totalizaram 10.521, representando 1,7% dos anos perdidos gerados pela totalidade das mortes ocorridas nesse período no país. No mesmo ano, calcula-se que se tenham perdido 12.563 anos de vida por incapacidade gerada pela morbilidade associada à FA.

A FA constitui um fator de risco independente para o desenvolvimento de AVC isquémico. Um doente com FA apresenta um risco 3 a 5 vezes superior de desenvolver um AVC isquémico, comparativamente aos doentes sem esta condição. Em doentes com FA o AVC apresenta uma maior gravidade, estando associado a um aumento de 79% na mortalidade.

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